O rapper sul-mato-grossense Miliano lançou seu novo clipe, "Monges e Vândalos", em 29 de outubro de 2024. Assista no topo.
A obra une música e arte urbana em um clipe impactante, de alto nível técnico e narrativo. O trabalho é, sem dúvida, inovador no cenário da música sul-mato-grossense, destacando a capacidade dos artistas douradenses e reafirmando a presença potente do rapper no cenário brasileiro.
Em entrevista ao TeatrineTV, Miliano contou sobre a origem do clipe: "A ideia surgiu de umas ilustrações de um amigo meu, Diego Verme, que desenha um monge com máscara de gás em um cenário apocalíptico. Eu sempre pirei nesse desenho dele. Carrega essa parada do monge e vândalo, porque ele vem ali do grafite, da pichação", introduziu.
O som interpretado é uma produção do DJ, produtor, multi-instrumentista Gomes Freitera, de São Paulo, conhecido pelos seus trabalhos nos diversos ramos da música, principalmente no Rap. Freitera acumula 330 milhões de plays nas suas produções musicais: "O Freiteira, que é meu parceiro, produziu o beat e os arranjos. Ele me mandou alguns beats e, no meio disso, estava o que viria a ser 'Monges e Vândalos'. Eu escrevi a letra completa e senti que o refrão precisava de algo mais melódico. Queria algo que eu não conseguia executar como imaginava".
E foi para colaborar no refrão que cantora LuMacê: "Tive a ideia de chamar a Luana, que é uma cantora maravilhosa aqui de Dourados. Ela gostou muito e gravamos uma primeira versão com ela cantando o refrão", disse Miliano.
A ideia original do roteiro do clipe foi colaborativa entre Miliano, Fabrício Borges, Tatiana Varela. Os dois também encabeçam a fotografia, figurino edição e direção.
Para financiar o projeto, eles submeteram a proposta ao edital da Lei Paulo Gustavo lançado em Dourados. "Apresentei a ideia para Fabrício e Tati, e eles gostaram muito. A partir daí, foi trabalho. Gravamos em diversos lugares, foram 11 dias de gravação", detalhou o rapper, avaliando o lançamento como experiência enriquecedora: "Gravamos na Casa Chakra, na Tchibum, gravamos na rua. Eu desenvolvi uma parte do figurino e a Tati fez outra parte. Foi muito trabalhoso, mas também muito divertido. Aprendi muito com todos", declarou Miliano.
Miliano celebrou a recepção do público e satisfação pessoal. "Tô muito feliz com o resultado, foi muito divertido, muito gratificante ter trabalhado, principalmente por ter feito com essas pessoas que, além do trampo, são pessoas que eu sei que têm um grande coração, são pessoas que enxergam a arte de uma forma nobre, tá ligado? "Estamos tendo um retorno muito positivo. O trabalho agradou muita gente em todos os sentidos, tanto na parte do clipe quanto na parte da música. Isso é muito gratificante", conclui.
'A LETRA'
Ele inicia com um chamado à vigilância: "ouvidos atentos, olhos abertos", sugerindo a necessidade de estar alerta em um sistema que deseja "te ver fraco igual a carne", uma metáfora que destaca a luta contra a fragilidade imposta pela sociedade.
Ao passo que mostra o disco inundado em águas transparentes, mostra o homem inundado em águas sujas, com tochas e áreas de mata consumidas pelo fogo, onde o monge medita.
Miliano também enfatiza a importância da arte como forma de libertação: "somente a arte livra", mostrando que a expressão cultural é uma ferramenta de resistência. Sua busca por "luz, longe dos escândalos" reflete um desejo de significado em meio à superficialidade. Leia a matéria completa aqui.