Esses talvez sejam os grandes responsáveis por aflorecer o ódio no coração dos internautas brasileiros. Celebridades polêmicas, controversas, elas despertam a fúria e plantam a treta nas redes sociais, sendo muitas vezes os principais personagens daqueles textões de Facebook que poderiam render um livro.
Mas a pergunta que fica é: será que elas se importam? Algumas em crise, outras com a carreira de vento em popa, a verdade é que, em alguns casos, essa raiva toda só faz com que essas pessoas fiquem ainda mais em evidência.
Para comprovar isso, fizemos um pequeno exercício para definir o nível de ódio por esses famosos e, baseado no seu sucesso, o quanto eles realmente estão ligando para isso.
RAFINHA BASTOS: O ódio: Rafinha ganhou a antipatia de grande parte do público por algumas piadas de mau gosto. Em especial, quando disse que comeria Wanessa Camargo , filha de Zezé, e seu bebê. Na época, a cantora estava grávida e processou o humorista, que foi afastado da bancada do CQC , da Band e, posteriormente, demitido pela empresa.
O nível de importância: altíssimo. Rafinha Bastos pode até não se importar com os críticos, mas foram eles os principais responsáveis pelos recentes fracassos de sua carreira na TV. Seus projetos nos canais fechados não renderam, assim como as tentativas de criações fora da Band, para onde retornou, mas está na geladeira após ver seu programa, Agora É Tarde, que herdou de Danilo Gentili, ser encerrado pela emissora.
DANILO GENTILI: O ódio: Danilo é conhecido pelo chamado humor politicamente incorreto. Faz piadas com o que deve e não deve, conquistando diversos inimigos, processos e tudo mais. Acusado de racismo, sobretudo , o humorista ainda se caracteriza pelo posicionamento político forte. No caso, contra o governo Dilma, entrando de cabeça na guerra polarizada entre direita e esquerda que tomou as redes sociais nos últimos anos.
O nível de importância: moderado. Danilo não tem razões para achar que isso tudo o afeta, uma vez que seu programa de TV, The Noite , é um dos mais bem sucedidos do horário noturno. Mas o fato do apresentador passar grande parte de seu dia discutindo com twitteiros na web mostra que ele não ignora os críticos por completo.
BELA GIL : O ódio: ok, talvez ódio não seja a melhor palavra para definir o sentimento por Bela Gil, mas a cozinheira sofre com uma certa antipatia do público. Suas receitas um tanto diferentes e sua educação alimentar pouco comum fazem com que o Bela Cozinha , seu programa no GNT, seja um dos alvos preferidos das zoações na web .
O nível de importância: zero. Bela é filha de Gilberto Gil, ou seja, é naturalmente zen. Além disso, sua carreira vai cada vez melhor. O programa de culinária virou moda na TV paga e seu livro de receitas é um dos mais vendidos do Brasil. Ou seja, todos amamos zoar a Bela Gil, mas no fundo a gente vai com a cara fofa dela.
LUCIANO HUCK: O ódio: muito simples: fora da TV, Luciano Huck não dá uma dentro. O apresentador do Caldeirão do Huck tem sua própria marca de roupas, a #UseHuck, que é mais conhecida pelas campanhas polêmicas do que por qualquer outra coisa.
O nível de importância: considerável. Campeão de audiência, Huck não sofre com as críticas da web em sua carreira, mas sua grife, sim. Luciano perdeu crédito e seu nome já não tem mais o mesmo impacto de antigamente, o que, sem dúvidas, deve deixá-lo preocupado.
ANITTA: O ódio: talvez pelo sucesso, talvez pelo que canta, como canta. Pouco se sabe sobre a origem do ódio dos internautas por Anitta, mas é só postar uma notícia/comentário sobre a funkeira que os ataques começam. No Twitter, já criticaram a cantora com todos os tipos de ofensas que você pode imaginar.
O nível de importância: mínimo. Anitta, literalmente, não está nem aí. A jovem mal responde os críticos e segue fazendo cada dia mais sucesso. Cantou no Carnaval, aparece em programas de TV e é perseguida por fotógrafos e fãs por onde passa
LOBÃO: O ódio: controverso, polêmico, chato. São essas algumas das justificativas dos haters para o ódio ao cantor Lobão que, ultimamente, se caracterizou muito mais por sua posição política do que por seu talento como músico. O ódio ao ex-baterista da Blitz é quase uma unanimidade, tanto que até campanha para ele sair do País, motivado por uma declaração do próprio, já fizeram.
O nível de importância: alto. Ele pode negar, mas se importa, sim. Tanto que passa um bom tempo de seus dias discutindo com internautas no Twitter. A carreira também já esteve melhor. Lobão não passa nem perto do sucesso que fazia nos anos 1980, sendo hoje um artista pouco valorizado pela indústria que o projetou.
GALVÃO BUENO: O ódio: um certo ar de prepotência e um estilo de narração que parece não agradar mais. Galvão Bueno, um dos maiores locutores brasileiros em todos os tempos, é hoje, sem dúvidas, o mais odiado. Virais como "Cala a Boca Galvão" já ganharam repercussão internacional, e sempre que o narrador transmite jogos no Brasil, algo que tem evitado, acaba tendo que ouvir algumas ofensas.
O nível de importância: baixo. Apesar de tudo isso, Galvão segue vivendo sua carreira como se nada acontecesse. Milionário, o locutor atravessa o mundo para cumprir compromissos profissionais ou se divertir mesmo, mandando um simbólico colar de beijos para os críticos.
FAUSTÃO: O ódio: Faustão vive situação parecida com a de Galvão. O desgaste de sua imagem é evidente, uma vez que seu estilo não se renovou, nem evoluiu com o passar dos anos. Ou seja, as pessoas estão cansadas, o que parece não deixar o apresentador muito confortável.
O nível de importância: moderado. Faustão tem um dos maiores salários da TV, é verdade. Seu programa dominical ainda é campeão de audiência, mas não tem mais o mesmo impacto, deixando o apresentador aparentemente um pouco irritado.
DADO DOLABELLA: O ódio: Dado fala demais e, muitas vezes, na hora errada. Desde a briga com João Gordo em programa ao vivo na MTV o músico não foi mais o mesmo. Tudo bem que ele chegou até a vencer a primeira edição de A Fazenda . Ainda assim, tanto como cantor quanto como ator, sua carreira sempre foi bloqueada pelas críticas.
O nível de importância: altíssimo. Como dito anteriormente, a carreira de Dado foi sempre bloqueada pelo ódio provocado por suas declarações. Conhecido pelo temperamento difícil, o artista nunca aceitou isso tudo muito bem.
LUANA PIOVANI: O ódio: a atriz não é de levar desaforo para casa. Fala o que pensa e não está nem aí. O problema é que, normalmente, suas opiniões vão contra a da maioria, o que fez com que ela ficasse com o rótulo de antipática, chata, metida, apesar de ser considerada uma das grandes musas de sua geração.
O nível de importância: alto. Luana é esquentada, não foge de polêmicas e sempre responde seus críticos. O jeito de ser, aliás, fez com que ela tivesse que deixar o Twitter, por exemplo, já que as brigas eram praticamente diárias.
DATENA: O ódio: Datena é outro exemplo de celebridade sem papas na língua. Além disso, o perfil de seu programa, o Brasil Urgente , não agrada muito, apesar da popularidade, o que faz com que ele seja ainda mais criticado.
O nível de importância: moderado. Datena é um dos jornalistas mais famosos da TV. Tem fama, dinheiro e respeito no meio. Ainda que seu perfil um pouco exaltado o faça ter dificuldades para digerir as críticas, sua carreira não é muito afetada com isso.
ARNALDO JABOR: O ódio: o jornalista ganhou um time de inimigos na web, em especial, quando criticou os manifestantes que participaram dos protestos de junho de 2013. A onda de haters foi grande e Arnaldo virou um inimigo do movimento.
O nível de importância : alto. Arnaldo nunca recuperou a reputação perdida naquela ocasião, e as críticas foram tantas que ele teve que se retratar sobre o que disse em relação aos protestos da época.
LATINO: O ódio: além da música, Latino é conhecido por fazer versões, digamos, polêmicas sobre músicas respeitadas de outras artistas, o que deixa os fãs desses músicos irados. Além disso, seu estilo "tiozão ostentação" não convence ninguém.
O nível de importância: baixo. Querendo ou não, Latino segue por aí, sempre fazendo uma ponta aqui e ali. Quanto aos críticos, raramente responde, o que leva a crer que nada disso realmente importa para ele.
ANDRESSA URACH: O ódio: o jeito forçado de Urach, sempre fazendo de tudo para aparecer, fez com que ela ganhasse uma série de críticos, especialmente depois da desastrada e polêmica participação na Fazenda 6 , que teve até cusparada. Nem o drama de quase morrer, que mudou sua personalidade por completo, conquistou muito o coração do público.
O nível de importância: alto. Andressa nunca escondeu que quer sempre agradar as pessoas e que possui uma necessidade de aparecer. As críticas, elogios e toda a exposição que envolve a vida pública fizeram com que ela judiasse de seu corpo com cirurgias até o dia em que ele não aguentou mais e quase abriu mão de viver.
ALEXANDRE FROTA: O ódio: Alexandre está, sem dúvidas, entre as personalidades mais odiadas do Brasil. O jeito polêmico e a postura de machão sempre causaram a ira de grande parte do público, que jamais o aceitou como uma celebridade de respeito.
O nível de importância: alto. Nos dias de hoje, Frota não tem mais espaço na TV e, quando aparece, sempre faz algo que desagrada. Da última vez, foi acusado de estupro. Sua carreira se perdeu no meio de tantas polêmicas.
RACHEL SHEHERAZADE: O ódio: o jeito conservador, sempre defendendo os interesses da família tradicional, e as campanhas por políticas de segurança pública discutíveis fizeram com que a jornalista da Jovem Pan e do SBT se tornasse um dos personagens mais odiados do jornalismo brasileiro.
O nível de importância: moderado. Querendo ou não, foi esse ódio que fez a fama de Sheherazade, que jamais foi vista com destaque pela opinião pública. Ou seja, quanto mais Rachel é xingada, mais sucesso faz entre o público conservador.
ROMERO BRITTO: O ódio: virou uma espécie de moda odiar Romero Britto. O sentimento dá um certo status para pessoas consideradas intelectuais. Ainda assim, muitos não sabem a razão pela qual odeiam o artista. No entanto, ele está, sem dúvidas, entre os nomes mais detestados do Brasil.
O nível de importância : zero. Romero Britto não poderia se importar menos com os críticos. O artista é um dos mais ricos de seu meio, respeitado em diversos países e famoso entre as celebridades internacionais, tendo feito quadros para nomes como Shakira , Madonna e Michael Jackson. A pauta "odiamos Romero Britto" passa longe da preocupação do pernambucano.
CHICO BUARQUE: O ódio: Chico é antigo apoiador do PT e figura célebre da esquerda brasileira. Só por isso, acaba vendo sua imagem sofrer com os respingos do ódio ao partido, mesmo que ele pouco apareça em público.
O nível de importância: zero. Chico Buarque não tem redes sociais e mal se relaciona com a internet. Já deu entrevistas onde teve crise de risos ao saber o quanto era ofendido na web. Chico não se importa, não está nem aí e talvez já tenha até esquecido dos críticos.
ROGER MOREIRA: O ódio: o líder do Ultraje a Rigor tem posição política forte e um tanto conservadora. Dizendo ser dono de um alto Q.I., não tem muita tolerância em discutir com opositores de seu posicionamento. Seu principal passatempo é passar o dia brigando com todo mundo no Twitter.
O nível de importância: alto. Roger não foge do pau, se irrita e xinga os críticos sem o menor pudor, sejam homens, mulheres, idosos ou jovens. Visivelmente se deixa afetar pelos mais irritados. Seu grupo, apesar de pegar carona no sucesso do programa The Noite , onde faz as vezes de uma espécie de banda de auditório, já foi um dos maiores do Brasil. Ou seja, já esteve melhor das pernas , fazendo com que Roger seja hoje mais lembrado pelas polêmicas do que pelos projetos musicais.