Utilizando o próprio corpo e conceitos para fazer arte, artistas de diversos lugares do Brasil, do Estado e da Capital, participam do festival de performances IPêrformático – Capítulo II – E Se Não Houver Luz no Fim do Túnel?. O evento é organizado pelo coletivo IPêrformático e acontece de 5 a 15 de abril por centros culturais e ruas da cidade.
Toda a programação é gratuita e o festival conta com recurso do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais), oriundo da Prefeitura Municipal de Campo Grande, através da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo).
A abertura do IPêrformático acontece na sexta-feira (5) com a performance “Mulheres de Luz”, do coletivo artístico do movimento Mulheres Pela Democracia, que é uma ação em prol dos direitos das mulheres contra o assédio e a violência e em defesa da previdência social. Junto com a performance será aberta a exposição de vídeos-performances “E Se Não Houver Luz no Fim do Túnel?”, com obras de artistas convidados e de 10 artistas que mandaram vídeos durante o chamamento para a mostra e foram selecionadas (xs/os) pela curadoria.
Depois acontece a palestra “Poéticas da Assimetria”, ministrada pela artista baiana Virgínia de Medeiros. A artista desafia e questiona as tradicionais e conhecidas mediações entre nós e o mundo, nos recompondo com outros corpos e conhecendo outras pulsações. Ela mostra a necessidade de atravessar fronteiras para aventurar num universo diferente do padrão normativo.
No sábado (6), a partir das 12h, é a vez da Cia Enviezada (RJ) se apresentar com “Caminhos – Uma Intervenção Urbana”. O espetáculo transita entre a ficção e a realidade para que haja uma incursão pelas relações entre o cotidiano, o homem e a cidade. A apresentação começa na praça Ary Coelho, e as pessoas acompanham o espetáculo por um pequeno percurso pelo Centro da Capital. Todos devem estar munidos de celular com bateria, fone de ouvido e ter baixado a trilha sonora pelo link www.bit.ly/trilhacaminhos para assistir.
No domingo (7), a artista Maíra Espíndola apresenta a performance “Virá”, na qual anda por diversos pontos da Capital, como Parque do Sóter, praça Ary Coelho, Relógio da Calógeras, praça Aquidauana e praça Cuiabá. “Virá” – frase do refrão da música “Um Índio”, de Caetano Veloso – é inspirada em visões proféticas do futuro e nos apresenta esse corpo-personagem aglutinando simbologias pictóricas de povos indígenas. A performer atravessa vários pontos da cidade seguindo seu dia nômade, parando para comer, beber e descansar.
O festival segue diariamente até o encerramento no dia 15 de abril. Haverá exposição de fotos da primeira edição, a partir da segunda-feira (8), performances, debates e oficinas. “O IPêrformático nasceu em 2014 e foi o primeiro evento de arte contemporânea em Campo Grande que se focava exclusivamente na performance. Se pensarmos no cenário cultural da cidade, as exposições e eventos de arte ainda estão muito fixados nos suportes tradicionais da arte, como por exemplo a pintura”, afirma Alice Yura, idealizadora e curadora do festival.
“A performance surgiu por volta dos anos 70 enquanto linguagem. E, esse “tipo” de arte não está presa ao material ou ao suporte, mas sim nas ideias. Logo, produzir um festival de performances em Campo Grande não é só fazer essa ligação com o passado dessa linguagem, mas também principalmente atualizar e inserir no nosso cenário artístico-cultural maior multiplicidade de linguagens das artes dentro da arte contemporânea”, explica.
Mais informações pelo Facebook e Instagram do IPêrformático. Abaixo segue a programação completa do festival:
05/04
MARCO (Museu de Arte Contemporânea)
Performance Mulheres de Luz do Coletivo Artístico do Movimento Mulheres pela Democracia (19h)
Classificação 18 anos
Abertura do festival com a palestra da artista Virginia de Medeiros (BA/SP)- Poéticas da asssinetria. (19h30)
Classificação 18 anos
06/04
Praça Ary Coelho (12h)
Caminhos – Uma Intervenção Urbana – Cia Enviezada (RJ)
Classificação livre
07/04
Parque do Sóter / Praça Ary Coelho / Relógio da Calógeras / Praça Aquidauana / Praça Cuiabá (10h)
Performance Virá – Maíra Espíndola (MS)
Classificação livre
08/04
CENTRO CULTURAL JOSÉ OTAVIO GUIZZO (19h)
Performance ANHANGÆ - Dudx (MS/SP)
Classificação 18 anos
09/04
CENTRO CULTURAL JOSÉ OTAVIO GUIZZO (15h30)
Performance LambeTrans - Leona Jhovs (SP)
Classificação livre
09/04
MARCO (18h30)
Performance Anatomia Feminina - Alice Yura (MS)
Classificação 18 anos
10/04
Av. 14 de julho esquina com a Cândido Mariano (12h)
Performance Corpus Presente - Grupo Maracangalha (MS)
Classificação livre
11/04
Calçadão Camelódromo (15h)
Performance Manicure Política - Lyz Parayzo (RJ)
Classificação livre
12/04
UEMS (Universidade estadual de Mato Grosso do Sul) (18h)
Aula-performance: Bem-vindo à aula Vlad - Thiago Moraes (MS)
Classificação 18 anos
13/04
Galeria de vidro (20h)
Performance B.U.N.I.T.A [CE] - Estela Lapponi (SP)
Classificação 18 anos
14/04
MARCO (17h)
Performance EXODUS Perto da Flor - Patricia Saravy (PR/MS)
Classificação 18 anos
15/04
Sarau de Segunda (20h)
Por quê Ele vive posso crer no amanhã? – Estefânia Martins (MS)
Classificação livre
13/04
MIS (Museu da Imagem e do Som)
Exibição do filme ProfanAÇÃO – (15h)
DEBATES
09/04
MARCO
Se a Arte Fosse Travesti? (20h)
13/04
MIS
Acessibilidade e o corpo intruso (16h)
14/04
Meu corpo não é público – MARCO (16h)
EXPOSIÇÕES (Classificação 18 anos)
MARCO - 5 a 15 de abril
Exposição E se não houver luz no fim do túnel?
CENTRO CULTURAL JOSÉ OTAVIO GUIZZO - 8 a 15 de abril
Exposição No Princípio Era Nada – Galeria Wega Nery
Exposição Estar a Par – Galeria Ignês Corrêa
OFICINAS
CENTRO CULTURAL JOSÉ OCTÁVIO GUIZZO
Oficina Afete-se (20 pessoas)
08/04 a 12/04 (9h às 11h)
Ministrante: Alice Yura (MS)
Classificação 18 anos
Oficina Composição Criativa Através de Vários Pontos de Vistas – (28 pessoas)
09/04 e 10/04 (10h às 13h)
Ministrante: Zé Alex (Cia Enviezada – RJ)
Classificação 18 anos
Workshop Poéticas Corporais: criando personagens através de processos individuais (20 pessoas)
10/04 (14h às 17h)
Ministrante: Dudx (SP)
Classificação 18 anos