Na madrugada do último domingo (16), na BR-060, no trecho entre Campo Grande e Sidrolândia, o deputado federal Loester Trutis – o Tio Trutis (PSL), afirma juntamente com seu motorista que ambos tiveram o veículo (Corolla), que estavam, alvejado.
Até o momento a Polícia Federal e as equipes da perícia técnica não encontram indícios suficientes para sugerir alguma pista de possíveis suspeitos.
Trutis e o motorista sustentam a versão, embora os questionamentos que a colocam em dúvida já deixam de ser mera especulação popular e passam a ser subscritos por pessoas com experiência em ocorrências policiais dessa natureza.
Há diversas perguntas sem respostas e dúvidas sem esclarecimentos. A frente de tudo isso está a palavra do deputado – que, por sinal, era a única versão até a manhã de ontem, pouco mais de 24 horas após a ocorrência.
Os questionamentos e dúvidas sobre o episódio estão ligado a alguns detalhes, como: o horário escolhido para um atentado, considerado não convencional, sob plena luz da manhã em uma rodovia de tráfego regular; não são comuns os assassinatos com carros em movimento, emparelhados; as marcas dos tiros indicam que só a janela traseira foi alvejada; execuções ou atentados desse tipo são encomendados a pistoleiros profissionais, que utilizam armas de grosso calibre e grande precisão, não disparam apenas cinco tiros e raramente deixam de verificar se cumpriram a encomenda. Outro ponto levantado nas redes sociais especula que, se fosse encomenda de um crime, os executores saberiam quantas pessoas estavam no veículo e se entre elas haveria algum profissional de segurança.
Como sempre deixou explícito em suas redes, os autores também deveriam ter em mente que Tio Trutis anda armado. O que teria o salvado de ser vítima, Tutis disse ter revidado também quando foi atacado, disparando outros cinco tiros contra os supostos agressores. Mas, não soube falar sobre as características do carro que os supostos autores ocupavam.
Sobre os tiros que atingiram o carro de Trutis, há pontos de indagação. Especialistas usaram as redes sociais para comentar o caso, alguns deles impressionados com o episódio: se Trutis estava do lado do passageiro e os tiros foram disparados de um carro na pista esquerda para dentro de seu veículo, foi de uma enorme sorte ele e seu motorista não terem sido atingidos.
Outro fator que reforçam as especulações, é que o deputado se recusou a conceder entrevista, sob o pretexto de que a imprensa digital de Mato Grosso do Sul, não é séria.
Investigadores que observam a situação, já se manifestaram pelas mídias sociais – o fato como foi descrito pelo deputado não sinaliza execução, queima de arquivo ou coisa parecida, que é um ato de profissionais.
A polícia averigua o caso, qualquer hipótese é válida e ainda estão sendo buscadas testemunhas do ocorrido.
Por enquanto há uma única versão, a dos ocupantes do veículo alvejado. Se ninguém passava por ali naquele momento, a palavra da dupla terá sido a única no escopo testemunhal.
O delegado designado para comandar as investigações já se estabeleceu diante do que encontrou, admitindo ser um caso cheio de muitas interrogações. E elas não favorecem Loester Carlos, o Tio Trutis, que se elegeu em MS de ‘carona’ da onda de Jair Bolsonaro.