RESULTADO DAS ELEIÇÕES 2024
15 de outubro de 2024
Campo Grande 25ºC

NO PARANÁ

'Sem implicações criminais', diz polícia após criança matar 23 animais

Menores de 18 anos não podem ser condenados a penas por crimes

A- A+

A Polícia Civil do Paraná divulgou que não há implicações criminais no caso do menino de 9 anos que, no domingo (13.out.24), invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais na cidade de Nova Fátima. O caso chocou a comunidade, uma vez que a criança esquartejou, desmembrou e atirou os bichos de pequeno porte contra a parede.

Conforme divulgado pelo Metrópoles, a polícia explicou que como o autor dos fatos é uma criança, “não há implicações criminais”. Além disso, as autoridades informaram que “o boletim de ocorrência e outras informações foram repassados ao Conselho Tutelar”. 

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê que menores de 18 anos são inimputáveis, ou seja, não podem ser condenados a penas por crimes. Contudo, a partir dos 12 anos, já podem sofrer sanções como medidas socioeducativas caso cometam ato infracional análogo a algum crime.

Violência

O hospital havia sido inaugurado no dia anterior, sábado (12), em meio às comemorações do Dia das Crianças. A ação brutal foi flagrada por câmeras de segurança e gerou comoção nas redes sociais.

Segundo o boletim de ocorrência, o proprietário do hospital acionou a Polícia Militar após chegar ao local e encontrar os animais mortos. Ao verificar as imagens das câmeras de segurança, ele identificou que o responsável pela invasão foi o menino, que permaneceu na fazendinha do hospital por aproximadamente 40 minutos. 

O garoto teria arremessado alguns dos animais contra as paredes, além de esquartejá-los e mutilá-los. Entre os 23 animais mortos, 15 eram coelhos. O menino foi identificado e não apresentava histórico de violência. 

Ele morava com a avó e havia visitado o hospital veterinário no dia anterior. Inicialmente, os proprietários pensaram que ele tivesse entrado no local apenas para brincar com os bichos, mas as imagens mostraram o ato cruel cometido pela criança.

O veterinário Lúcio Barreto, responsável pelo hospital, descreveu o impacto de encontrar os animais mortos e o sentimento de impotência diante da situação. “É uma situação horrível, a gente, que já há muitos anos cuida dos bichinhos com o maior prazer, com o maior amor, e, de repente, no dia de uma festa seguinte de Dia das Crianças, chegar e se deparar com uma cena daquelas é uma sensação horrível de impotência, de tristeza”, lamentou em entrevista divulgada pelo Metrópoles.