O sargento da Polícia Militar Heron Teixeira Pena Vieira é um dos cinco policiais investigados no assassinato do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos. Ele teve mandado de prisão decretado pela Justiça no âmbito da operação "Oce Crime: A Outra Face", deflagrada na quinta-feira (6.mar.25) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No entanto, o sargento está foragido.
A polícia busca entender o papel de Heron na execução de Nery, ex-presidente da OAB-MT e conselheiro Federal da OAB entre 1989 e 1991.

Apesar da fuga de Heron, quatro policiais militares envolvidos no crime foram presos na operação. São eles
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Cabo Wailson Alesandro Medeiros Ramos (ex-Casa Militar do governo mato-grossense);
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Soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira;
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Sargentos Leandro Cardoso e Heron Teixeira Pena Vieira;
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Alex Roberto de Queiroz Silva: Identificado como o autor dos disparos, também foi preso. Ele trabalha como caseiro em uma chácara em Várzea Grande, que é de propriedade do sargento Heron.
Durante a operação, a equipe investigativa também apreendeu a arma usada na execução, uma pistola calibre nove milímetros.
QUEM É O SARGENTO?
Heron ingressou na Polícia Militar de Mato Grosso em 2008 e atualmente é 3° sargento da Força Tática. Ele trabalha no setor de inteligência e recebe R$ 11.666,27 mensais, segundo o Portal Transparência.
O PM também foi alvo da "Operação Simulacrum", que investigou a morte de 24 pessoas em confrontos simulados.
A PM informou que a Corregedoria-Geral está acompanhando o caso e reiterou que não tolera crimes dentro ou fora da corporação.
QUANDO MATARAM?
Renato Nery foi baleado em julho de 2024, em frente ao seu escritório em Cuiabá. Ele morreu após passar um dia internado lutando pela vida. Nery foi enterrado em Cuiabá no dia 7 de julho.
A dinâmica, relata a polícia: o atirador aguardava o advogado e, após o crime, fugiu em uma moto. Imagens de segurança registraram o momento do ataque.
A Polícia Civil coletou informações no escritório e apreendeu o celular da vítima.
O QUE DISSE A DEFESA DA VÍTIMA?
O delegado Bruno Abreu Magalhães afirmou que o caso se tratou de uma execução planejada.