26 de dezembro de 2024
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Policial civil foi morto "pelas costas" por suspeitos de roubo de corrente

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Na tarde de hoje aconteceu a coletiva para maiores esclarecimentos sobre o caso do policial civil, Dirceu Gonçalves, morto no dia 07 de janeiro em meio a uma investigação policial no bairro Campo Nobre – região sul de Campo Grande . No dia do crime, Dirceu e outro policial civil, identificado como Osmar Ferreira, trabalhavam à paisana investigando o roubo de uma corrente avaliada em R$ 80 mil. Essa corrente teria sido roubada no momento em que a dívida estava parada em um sinaleiro.

Conforme explicaram os delegados da Derf (Delegacia de Especializada em Roubos e Furtos),  Flávio Peró e Fabiano Nagata, primeiramente os policiais foram em um carro até o local onde se encontrava a quadrilha envolvida no caso. A residência foi descoberta porque, juntamente com os policiais havia um homem, como colaborador, para a investigação. A quadrilha era uma família, onde mãe, irmãos, cunhados, estavam envolvidos.

Ao chegar ao local, Osmar desceu do carro e foi até a casa para tentar, possivelmente, negociar a corrente. A quadrilha suspeitou que Osmar era policial e começou a agredi-lo até o momento em que ele ficou inconsciente. Achando que estava morto, dois irmãos, conhecidos como Alexandre Gonçalves Pereira,19,e Alexsandro Gonçalves Pereira,21, e um adolescente de 15 anos, foram até o lado de fora da residência e encontraram Dirceu e o colaborador dentro de um carro. Foi pedido pelos suspeitos que deixasse o colaborador sair, e ao descer do veículo , Dirceu foi alvejado com um tiro no abdômen. Dirceu correu, porém, caiu na Rua dos Topógrafos, onde foi alvejado com mais dois tiros, um na nuca e um na cabeça.

Ao retomar a consciência, Osmar saiu da casa e foi pedir ajuda. Durante este período de tempo, todos os sete envolvidos e o menor de idade se espalharam pelos bairros de Campo Grande, iniciando uma busca policial.

Até o momento, todo o material envolvido no crime foi encontrado, menos a arma que estava com os irmãos. Não se sabe ainda quem fez o disparo contra o policial, pois os irmãos estão se contradizendo a todo o momento.

As pessoas autuadas em flagrante, não diretamente envolvidas com o crime prestaram depoimento para a polícia, as testemunhas já foram ouvidas e liberadas e 15 pessoas estão presas. A polícia tem dez dias para concluir o flagrante.

De acordo com os delegados mais de 50 policiais militares e civil estão envolvidos na investigação e contam também com ajuda da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Tayná Biazus