A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou na manhã desta 2ª feira (17mar.25) uma operação para aprofundar as investigações sobre o suposto atentado a tiros contra a ex-prefeita de Jardim, Clediane Areco Matzenbacker (PP). O crime aconteceu em setembro de 2020, durante o período eleitoral, e foi inicialmente tratado como uma tentativa de homicídio.
Conforme a corporação, equipes da 1ª Delegacia de Jardim, com apoio do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Dourados, cumpriram mandados de busca e apreensão em quatro endereços ligados a três investigados. Os alvos são pessoas próximas ao grupo político da própria ex-prefeita.
As novas diligências apuram a hipótese de que o ataque, à época apresentado como um atentado político, teria sido forjado. O objetivo seria criar comoção e gerar repercussão favorável à então candidata à reeleição.
O inquérito busca esclarecer a real dinâmica do suposto crime ocorrido em 29 de outubro de 2020, quando homens em uma motocicleta dispararam seis tiros contra a casa da prefeita. Os disparos atingiram o quarto onde ela e o marido dormiam, mas ninguém ficou ferido.
Na ocasião, Clediane relatou nas redes sociais que, segundo a perícia, "se tivesse levantado no primeiro tiro, teria sido atingida". Ela classificou o episódio como "nojento, esdrúxulo e criminoso".
Na época, o caso foi investigado como tentativa de homicídio com motivação política. Clediane afirmou ainda ter sido alvo de ameaças em campanhas anteriores, destacando que era a única mulher entre os candidatos à prefeitura. Após o atentado, solicitou escolta policial e passou a usar colete à prova de balas durante os atos de campanha.
Agora, a Polícia Civil trabalha para apurar se o atentado foi encenado com o envolvimento de aliados da própria ex-prefeita. O objetivo da operação é identificar os autores, coautores e eventuais articulações envolvendo interesses políticos e ações fraudulentas, informou a corporação, em nota oficial.