O piloto Wesley Evangelista Lopes, de 33 anos, foi preso em Penápolis (SP) na 2ª -feira (16.dez.24) após ser interceptado transportando 435 quilos de pasta base de cocaína em um avião monomotor. A aeronave teria decolado de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, com destino final a Rio Claro (SP).
De acordo com a Polícia Militar, a aeronave foi monitorada após levantar suspeitas em Aquidauana, onde moradores observaram movimentação irregular e voo em baixa altitude durante a manhã. O 7º Batalhão de Polícia Militar alertou outros órgãos, incluindo a Polícia Federal, que acompanharam a trajetória do avião. A abordagem aconteceu no momento do pouso em Penápolis, interior de São Paulo, com apoio do helicóptero Águia.
Na ocasião, Wesley admitiu que receberia pagamento para transportar a carga ilícita, avaliada em R$ 13 milhões. O copiloto também foi preso, enquanto um motorista de apoio conseguiu fugir. O caso segue sob investigação da Polícia Federal em Araçatuba (SP).
Histórico criminal e conexões com o tráfico
Wesley Evangelista Lopes acumula uma série de ocorrências criminais, incluindo um acidente aéreo ocorrido em maio deste ano no Acre, quando um avião caiu no Rio Tarauacá com três ocupantes, número superior à capacidade da aeronave. Apesar da queda, ninguém morreu, e o caso foi associado a possíveis irregularidades de táxi aéreo.
Além disso, Wesley já havia sido preso em 2019 na Bahia após ser incluído na lista da Interpol. Na época, ele foi identificado como líder de um grupo que transportava meia tonelada de cocaína no Amazonas, utilizando uma aeronave bimotor. O piloto permaneceu preso por quatro anos antes de retornar às atividades criminosas que culminaram em sua captura atual.
Investigação em andamento
A operação foi fruto de trabalho conjunto entre a Polícia Militar, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária. Wesley e os demais envolvidos passam por audiência de custódia nesta terça-feira (17), e as investigações buscam identificar toda a rede envolvida no transporte da droga e a conexão entre as rotas do tráfico que passam por Mato Grosso do Sul, especialmente a partir da fronteira com a Bolívia.