Nivaldo Thiago Filho de Souza, que bateu em lancha e matou o pescador ‘Carlão’, de 59 anos, no feriado de 1º de maio passado, teve oficializado hoje (12. maio) o afastamento retroativo do cargo comissionado na Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica. Nesses dias ele passou por tratamento médico. O rapaz ganha cerca de R$ 15.888,47 na Direção Superior Especial e Assessoramento. A Segov quis explicar por telefone se ele já está de volta ao trabalho.
Conhecido como Thiago, o suspeito é genro da deputada tucana Mara Caseiro. Em Sessão Plenária da Assembleia no dia 04 de maio, a deputada chegou a afirmar que na ocasião do acidente não haviam “assassinos” e sim, segundo Mara, “o que aconteceu foi um acidente, envolvendo pais de família”, defendeu.
No documento de afastamento datado de 11 de maio, que saiu na edição do Diário Oficial Eletrônico de hoje, o texto diz que visa “conceder afastamento, pelo prazo de 7 (sete) dias, no período de 3/5/2021 a 9/5/2021, para tratamento de saúde, em caráter inicial, ao servidor Nivaldo Thiago Filho de Souza, matrícula nº 428126024, ocupante do cargo em comissão de Direção Superior Especial e Assessoramento, símbolo DCA-2, lotado na Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica”, disse. Trata-se de uma data retroativa. No portal da transparência ele consta ainda como servidor ‘ativo’ em consulta realizada hoje pela reportagem. Veja abaixo:
Segundo testemunhas do acidente, embriagado, Thiago estava na condução da lancha moderna de 115 cavalos de potência e seguia em alta velocidade pelo Rio Miranda no dia 1º de maio, também estavam na embarcação a esposa e filhos do rapaz. Por volta das 13h15, Thiago fez a curva numa região do rio chamada “Touro Morto”, quando atingiu o barco em que estava Carlão, o filho da vítima e um piloto profissional. Carlão morreu na hora, os outros dois ficaram com ferimentos. (Veja tudo aqui...).
Ao notar que havia matado o pescador, segundo relatos, Thiago ainda tentou fuga, abandonou o barco, entrou numa caminhonete e zarpou sem prestar socorro. Porém, acabou sendo interceptado na pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-262, onde se recusou a fazer o teste do bafômetro. Não há a confirmação oficial de que o jovem estava embriagado, apenas relatos dos presentes.
Naquele dia, o suspeito foi ouvido e liberado. Thiago passou então a ser investigado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) ou por dolo eventual (quando alguém assume o risco de causar morte), na Delegacia de Polícia Civil de Miranda. A Marinha também apura o caso.
A reportagem perguntou à Segov se Thiago já está de volta ao cargo ou se segue afastado. Até a publicação desta reportagem não devolveram uma resposta que possa sanar a dúvida.