Hélio Leonardo Neto, de 47 anos, foi preso no domingo (17.mar.24) acusado pelo feminicídio de Mônica Matias de Paula, de 33 anos.
O crime foi cometido em 4 de março, na área rural em Limeira, cidade próxima de Americana, ambas no interior paulista.
Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana, a vítima foi vista viva pela última vez a bordo do Volkswagem Virtus da cor cinza, carro de Hélio.
A suspeita é que o criminoso tenha levado a vítima até uma casa numa chácara de Limeira. Ao chegar no local, o suspeito espancou Mônica e a estrangulou.
De acordo com a polícia, o corpo da vítima foi localizado na 6ª.feira (15.mar.24), próximo à Rodovia Anhanguera (SP-330) em estado avançado de decomposição.
Hélio foi preso num posto de combustíveis na Avenida Abdo Najar, em Americana, onde era gerente. Ele teria confessado a autoria do crime.
MOTIVAÇÃO
Hélio e Mônica mantinham um relacionamento extraconjugal. Ambos eram casados.
No dia do feminicídio, Mônica teria ligado para a esposa de Hélio, a pastora Michelle Dollo Leonardo, da comunidade da Fé de Americana, e revelado que Hélio estava transando com ela e mantendo uma ‘falsa vida de pregações’.
O advogado de defesa Hamilton Rodrigues, argumentou que seu cliente estava sendo pressionado para continuar o relacionamento e após ser confrontado pela amante, ele “perdeu a cabeça” e cometeu o crime.
ARSENAL
Durante diligências na casa de chácara do feminicida, em Limeira, a polícia encontrou um verdadeiro arsenal.
No local do crime havia ao menos 80 armas, entre pistolas, espingardas e metralhadoras, além de 16,3 mil munições. Algumas das armas não tinham registro.
BOLSONARISTAS EVANGÉLICOS
Hélio e Michelle Dollo Leonardo são conhecidos em Americana como um casal ‘terrivelmente evangélico’.
Por meio de palanques na comunidade da Fé de Americana, eles apresentam-se como militantes de extrema direita e defensores ferrenhos das ideologias e da bandeira do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em diversas pregações, Michelle aparece agarrada a uma bandeira do Brasil. Eles também publicaram fotos em defesa de armas de fogo durante viagem aos Estados Unidos.
No início de 2023, Hélio e Michelle estiveram em Brasília integrando o grupo de radicais bolsonaristas que cometeram os atos golpistas de 8 de janeiro. Naquela ocasião, o feminicida posou para selfies com a camisa da seleção brasileira, ao lado da esposa.