Mais de 50 mulheres já procuraram a delegacia para denunciar Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41, anos, médico ginecologista de Anápolis (GO), que foi preso - na manhã de 4ª feira (29.set.2021) - por crimes sexuais.
Conforme apuração da mídia local, o ginecologista deve passar por audiência de custódia ainda nesta tarde (1º.out.2021), apontou a repórter Ivânia Cavalcanti do portal local "O Popular".
Uma das vítimas, hoje com 20 anos, procurou a delegacia para denunciar abuso que sofreu há cerca de oito anos, quando ainda tinha 12 anos de idade.
“Ele veio me falar que eu podia começar a me masturbar. Me mostrou histórias em quadrinho pornô e vídeos. Me mandando os links e quais eu podia assistir. Depois levantou, pegou minha mão e colocou nele, na parte íntima dele", disse Kethlen Carneiro à TV Anhanguera.
Isabella Joy é delegada e contou que os telefones na coorporação não param de tocar. "A cada hora cresce, recebemos ligações. Até o momento temos ideia de umas 52 ou 54, mas creio que nós podemos chegar até umas 100 vítimas". Um total de 41 mulheres já foram ouvidas até a manhã de hoje (1º.out.2021) e outras 20 devem prestar depoimento nos próximos dias.
Em defesa, os advogados do acusado informaram que só tiveram acesso a algumas peças do inquérito policial até o momento. Carlos Eduardo Gonçalves Martins aponta que nesses documentos só haveria o simples exercício profissional.
“O médico em nenhum momento realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual”, diz a defesa em nota.
Sendo que a investigação aponta que o médico escolhia jovens desacompanhadas, ou pacientes mais vulneráveis, para praticar seus atos criminosos durante as consultas e exames, o Conselho de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, também por meio de nota, que soube das denúncias contra o profissional nesta quarta-feira e que “vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional”.
“Nós temos uma vítima que foi quando tinha 12 anos, então, foi estupro de vulnerável. Hoje, ela já é maior de idade, mas vai responder também”, afirmou a delegada responsável pelo caso.
A Polícia Civil orienta as possíveis vítimas que entrem em contato pelos números fixos da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), 62 3328-2731, ou pelo Whatsapp – 62 9 8531-0086.