A Polícia Civil, por meio do Serviço de Investigações Gerais (SIG) da 1ª DP de Dourados, prendeu na 3ª feira (26.nov.24) quatro indivíduos envolvidos em uma série de furtos de fios de cobre e receptação na cidade. Entre os detidos estão Naelton Nobre Cruz, de 28 anos, e Cristiano Nascimento, de 30 anos, autuados em flagrante por furto, além de outras duas pessoas acusadas de receptação.
As investigações começaram após uma sequência de furtos que causaram transtornos à população e prejuízos significativos. Um dos episódios mais graves foi registrado em uma subestação de tratamento de água, onde foram furtados mais de R$ 30 mil em fios de cobre, interrompendo o abastecimento de água para cerca de 30 mil moradores na região do BNH 4º Plano por 24 horas.
Naelton e Cristiano, apontados como os principais autores dos furtos, já eram conhecidos pelas autoridades por ações similares. Em um dos casos, os dois furtaram mais de 100 metros de fiação elétrica da Rua Lindalva Marques, crime flagrado por câmeras de segurança.
Na madrugada de segunda-feira (25), os suspeitos foram vistos nas proximidades do Fórum de Dourados. Horas depois, ocorreram furtos de fiação no cartório localizado em frente ao Fórum e na agência dos Correios ao lado. Um frigobar também foi levado do cartório. Com base nas suspeitas, o SIG intensificou as buscas e localizou a dupla dois dias depois em uma casa na Rua Elulaia Pires, conhecida como “boca da Adriana”. Na abordagem, Naelton e Cristiano confessaram os furtos e disseram que estavam mudando de esconderijo para escapar da polícia. Com eles, foram encontrados mais de 10 kg de fios de cobre cortados.
As investigações revelaram que o frigobar furtado foi vendido por Cristiano a Rodrigo, morador de uma kitnet na Avenida Independência, por R$ 50. Rodrigo admitiu a compra, mesmo desconfiando da origem ilícita do objeto. O eletrodoméstico foi recuperado pela polícia.
O caso levou ainda à apreensão de 94,9 kg de cobre em um ferro-velho no Bairro Cachoeirinha, de propriedade de Celestino. Segundo o proprietário, ele comprava o cobre por R$ 20 o quilo, ciente de que os materiais eram fruto de furtos. Parte do cobre estava queimada, uma prática usada para remover a capa plástica e facilitar a revenda. Todos os envolvidos foram conduzidos à delegacia e autuados pelos crimes de furto qualificado e receptação.