A Polícia Civil prendeu nesta 4ª feira (27.nov.24) um homem identificado como M.D., de 55 anos, acusado de usar documentos extraviados de um trabalhador rural de 57 anos, para cometer diversos crimes, incluindo furto qualificado, falsa identidade e uso de documento falso. O caso, que envolveu a emissão de documentos falsos, casamento e até o registro de filhos sob a identidade alheia, veio à tona após décadas de fraudes.
A fraude começou nos anos 1990, quando a vítima, um trabalhador humilde e analfabeto, perdeu documentos importantes, como o CPF e a Certidão de Dispensa de Incorporação do Exército. M.D. encontrou os documentos e passou a utilizá-los como se fossem seus. Ao longo dos anos, ele constituiu casamento, registrou filhos e realizou saques bancários ilegais totalizando R$ 17.700,00, além de acessar benefícios em nome da vítima.
O caso só foi descoberto em 2020, quando o trabalhador rural tentou acessar o auxílio emergencial e descobriu o uso indevido de sua identidade. Ele também enfrentou dificuldades para ser vacinado contra a COVID-19, teve restrições de crédito e foi impedido de realizar compras. A situação chamou a atenção das autoridades, que iniciaram as investigações.
A identificação do acusado foi possível graças ao reconhecimento facial em fotos de redes sociais, combinado com análises de dados digitais e biométricos. Perícias papiloscópicas confirmaram que os documentos emitidos em nome da vítima estavam associados ao mesmo autor, reforçando as evidências contra M.D.
Com provas suficientes, a Autoridade Policial solicitou a prisão preventiva, que foi cumprida com o apoio da Delegacia de Polícia Civil de Bela Vista.