A Polícia Federal prendeu na 4ª feira (30.out.24), dois suspeitos de liderarem uma organização criminosa que comandava atividades de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, próximo ao Rio Uraricoera.
Além das prisões, as operações também incluíram o cumprimento de mandados de busca e apreensão em imóveis nas cidades de Boa Vista e Alto Alegre, em Roraima, com o sequestro de diversos bens móveis, imóveis e valores.
Durante a operação, agentes da PF encontraram um carregamento de suprimentos e equipamentos destinados à atividade ilícita, o que levou à prisão em flagrante de uma mulher responsável pelo imóvel onde os itens estavam armazenados.
A investigação aponta que o grupo, para defender suas operações ilegais, empregava até mesmo mercenários armados, evidenciando a complexidade e a periculosidade da organização.
A Polícia Federal estima que o grupo criminoso causou danos ambientais e sociais avaliados em mais de R$ 295 milhões, além de extrair cerca de 229 kg de ouro da terra indígena, valorados em aproximadamente R$ 68,9 milhões.
Os envolvidos responderão por diversos crimes, incluindo usurpação de bens da União, extração ilegal de recursos minerais, organização criminosa, lavagem de dinheiro e porte de armas de uso restrito, além de crimes ambientais contra a fauna.