O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) deve utilizar informações obtidas em fiscalizações realizadas na Santa Casa de Campo Grande para subsidiar o inquérito civil que apura a situação da unidade hospitalar.
O objetivo é reunir elementos que contribuam para esclarecer as causas do desabastecimento de medicamentos e insumos, além da paralisação de serviços e da crise financeira que afetam o hospital.
Na última visita, os promotores de Justiça Daniella Costa da Silva (32ª Promotoria de Justiça), Marcos Roberto Dietz (76ª Promotoria de Justiça) e Daniela Cristina Guiotti (Coordenadora do Núcleo de Atenção Especial à Saúde - Naes) estiveram na Santa Casa para verificar as condições de atendimento e infraestrutura.
Foram inspecionados o Pronto-Socorro, setores em reforma, a UTI Cardiopediátrica, o Serviço de Neurologia e Neurocirurgia, o Centro Cirúrgico da Unidade do Trauma, o Núcleo Interno de Regulação e a reforma da UTI da Unidade do Trauma.
O relatório das visitas será anexado aos procedimentos já em andamento nas Promotorias de Justiça da Saúde. De acordo com o MPMS, o trabalho de fiscalização busca verificar a qualidade dos serviços prestados à população e as condições estruturais das unidades hospitalares.
No início deste mês, a 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública instaurou um novo inquérito civil para investigar a crise enfrentada pela Santa Casa de Campo Grande. O procedimento foi divulgado no Diário Oficial do MPMS e inclui apurações sobre o fornecimento de medicamentos, o funcionamento dos serviços ambulatoriais e eletivos e o papel das secretarias de saúde municipal e estadual diante da situação.