Campo Grande registrou um fim de semana violento com três ataques a tiros que resultaram em duas mortes e uma pessoa gravemente ferida. Os fatos ocorreram entre a noite de sábado (2.nov.24) e a tarde de domingo (3.nov.24), nos bairros Jardim Canguru, Jardim Centenário e Portal Caiobá.
No primeiro caso, na noite de sábado, um homem de 30 anos foi baleado em uma emboscada na mesma rua onde seu irmão, Alaor Pires Pécora de Oliveira, de 26 anos, foi executado há cinco meses. De acordo com o boletim de ocorrência, o ataque aconteceu enquanto a vítima estava em uma barbearia localizada na frente da casa onde Alaor foi morto em junho deste ano.
Segundo a Polícia Militar, os atiradores chegaram em um carro escuro e uma moto vermelha e dispararam várias vezes, atingindo o homem no tórax e na coxa direita. Familiares informaram às autoridades que não conheciam os motivos do ataque, embora tenham mencionado que outro filho também foi assassinado no mesmo endereço. A vítima foi levada para atendimento médico na UPA Coophavila.
No domingo pela manhã, um homicídio foi registrado na Rua Homero de Castilho, no Jardim Centenário. Marcos William da Silva Guido, de 27 anos, foi encontrado morto na calçada, a cerca de 200 metros do local onde foi baleado.
De acordo com testemunhas, tiros foram ouvidos por volta das 6h, e quando a Polícia Científica e Militar chegaram ao local, a mãe de Marcos, em estado de choque, teve que ser amparada por vizinhos ao encontrar o corpo do filho. Informações preliminares apontam que Marcos William tinha antecedentes criminais por roubo, receptação e porte ilegal de arma de fogo.
Na tarde do mesmo dia, Gabriel Rodrigues da Silva, conhecido como "Bolinha", de 26 anos, foi executado em plena luz do dia no Jardim Canguru. Câmeras de segurança registraram o momento em que Gabriel atravessa a rua para comprar frango e é alvejado por ao menos 14 disparos de um homem que desceu da garupa de uma motocicleta.
Uma mulher que estava próxima ao local abandonou sua moto e fugiu para se proteger, enquanto uma criança quase foi atingida pelos disparos. Segundo a polícia, Gabriel tinha histórico criminal, com uma prisão recente em Ponta Porã por receptação, mas foi libertado três dias depois. Familiares afirmaram desconhecer a motivação do crime, e os suspeitos, que estavam de capacete, não foram identificados.