21 de dezembro de 2024
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ESQUEMÃO

Em família, grupo de bancários defraudou R$ 54 milhões em empréstimos

Grupo oferecia condições ilícitas de crédito, forjando documentos como notas fiscais

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 18ª DP (Brazlândia), cumpriu na 3ª feira (8.ou.24) nove mandados de busca e apreensão contra oito pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em fraudes contra bancos públicos e privados, além de lavagem de dinheiro. O grupo, composto por familiares e funcionários bancários, é investigado por um esquema que envolvia empréstimos fraudulentos e movimentou mais de R$ 54 milhões.

A operação é a segunda fase da investigação que já prendeu a líder do grupo, uma mulher detida na primeira fase, realizada em junho de 2024. O grupo operava em Brazlândia e contava com 18 pessoas, incluindo parentes da líder e gerentes bancários que facilitavam os empréstimos com juros abaixo do mercado, utilizando documentos falsificados.

Esquema fraudulento e ameaças

Segundo a investigação, o grupo oferecia condições ilícitas de crédito, forjando documentos como notas fiscais e escrituras para obter empréstimos fraudulentos. Parte do esquema envolvia "Corretores", que aliciavam beneficiários, "Fraudadores", responsáveis por falsificar documentos, e "Intimidadores", que ameaçavam aqueles que tentavam desistir dos empréstimos.

Os "Intimidadores" usavam sua ligação com criminosos para coagir os clientes a seguir com os empréstimos fraudulentos. A investigação também revelou que o dinheiro obtido sustentava o estilo de vida do grupo e era usado para adquirir empresas.

A primeira fase da operação identificou que o grupo movimentou cerca de R$ 32,7 milhões em transações suspeitas. Com a segunda fase, a PCDF verificou mais R$ 12 milhões em transações ilícitas, totalizando R$ 54,5 milhões em cinco anos. Entre os envolvidos estão servidores da Fundação Educacional do DF, principalmente professores e agentes de serviços gerais, cujos contracheques eram temporariamente alterados para aumentar a margem de crédito.

As buscas ocorreram em Brazlândia/DF, Gama/DF, Arniqueiras/DF, Cidade Ocidental/GO, Valparaíso/GO e Águas Lindas/GO. Os envolvidos podem responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e a administração pública, com penas que podem chegar a 50 anos de prisão.