24 de dezembro de 2024
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CAMPO GRANDE (MS)

Bancada apoia Camila Jara após conflito com PM e denuncia omissão da Prefeitura

Camila foi testemunha ocular dos abusos cometidos pela PM

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Na noite de 21 de dezembro, uma operação policial do Primeiro Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul gerou mais tensão no centro de Campo Grande. Sob o pretexto de fiscalizar alvarás de funcionamento, a PM fechou estabelecimentos legais, gerando revolta entre empresários e clientes. A ação foi vista como excessiva por muitos.

Durante a operação, a deputada federal Camila Jara (PT) estava presente em um dos bares da Avenida 14 de Julho, a convite dos empresários. Ela acabou sendo alvo de acusações falsas da PM, incluindo a de estar “embriagada”. Em resposta, Camila usou suas redes sociais para tranquilizar o público e reafirmar seu compromisso com a defesa dos direitos dos empresários e do lazer. “A gente vai seguir defendendo o direito ao trabalho, o direito dos empresários, o direito ao lazer”, disse a deputada em seus stories.

Na segunda-feira (23.dez.24), a bancada do PT em Mato Grosso do Sul publicou uma nota de solidariedade à deputada e aos atingidos pela operação. Assinam o documento Camila Jara, Vander Loubet (deputado federal), Zeca do PT (ex-governador e deputado estadual), Pedro Kemp e Gleice Jane (deputados estaduais), e os vereadores Luiza Ribeiro, Landmark Rios e Jean Ferreira.

A bancada destacou que Camila foi testemunha ocular dos abusos cometidos pela PM e que, junto aos membros do Movimento Ocupa Centro, defendeu os direitos da população. “Entendemos que o direito ao lazer, à cultura e ao empreendedorismo devem ser assegurados pelos agentes do Estado – e não reprimidos”, afirmaram os parlamentares.

A Avenida 14 de Julho, um dos principais polos de vida noturna de Campo Grande, foi transformada por empresários em um ponto gastronômico e cultural. No entanto, a bancada do PT critica a falta de políticas públicas eficazes para revitalizar o centro da cidade. “O centro de Campo Grande é vazio e abandonado. Quem passa por lá à noite enfrenta insegurança e medo, devido à falta de políticas públicas para ocupação urbana”, apontam.

A operação da PM foi mais uma ação contra a revitalização da área, que vem enfrentando dificuldades por conta da falta de regulamentação e apoio da Prefeitura. “A Prefeitura de Campo Grande postergou, mais uma vez, a revisão da Lei do Silêncio e não regulou a lei do Corredor Gastronômico da Avenida 14 de Julho”, denunciam os parlamentares do PT.

A economia criativa, que envolve bares, restaurantes, músicos, atendentes e outros profissionais, é fundamental para a economia de Mato Grosso do Sul. Para os petistas, esse setor deve ser valorizado. “A sigla PIB representa não só as riquezas, mas o esforço de empreendedores e trabalhadores que garantem o sustento de suas famílias”, afirmam.

A bancada do PT também destacou a importância do diálogo para resolver os problemas da cidade. “Nós acreditamos que o diálogo é a ferramenta que devemos seguir em todas as instâncias democráticas. Seja em uma operação policial na Avenida 14 de Julho, seja no parlamento, para defender os direitos de empresários e frequentadores”, concluem.

A nota finaliza com um apelo para que a economia criativa seja mais apoiada. “A economia criativa merece apoio”, afirmam os parlamentares, enfatizando a necessidade urgente de ações concretas para que Campo Grande se torne uma cidade vibrante e próspera. Leia a íntegra da nota aqui