21 de dezembro de 2024
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FISCALIZAÇÃO

Consórcio usava empresas de fachada para legalizar R$ 210 milhões em grãos da Argetina

Cargas eram transportadas dos portos clandestinos para as empresas destinatárias

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A Polícia Federal, em parceria com a Receita Estadual do Rio Grande do Sul, deflagrou nesta 3ª feira (24.set.24) a fase ostensiva da Operação Tebas, que tem como objetivo desarticular uma associação criminosa responsável por um esquema milionário de contrabando de grãos, especialmente soja e milho, trazidos ilegalmente da Argentina para o Brasil por meio de portos clandestinos às margens do Rio Uruguai.

A operação mobilizou 54 policiais federais e 14 auditores-fiscais da Receita Estadual para o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Crissiumal/RS, Tiradentes do Sul/RS e Curitiba/PR.

Além disso, foram executadas medidas de bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, com valores que ultrapassam R$ 80 milhões, bem como o sequestro de dezenas de automóveis e imóveis, além da indisponibilidade de criptoativos.

As investigações, iniciadas em 2021, apontam que o grupo criminoso estava envolvido no contrabando de grãos e lavagem de dinheiro, operando por meio da criação de empresas de fachada.

Essas empresas emitiam notas fiscais fraudulentas para dar aparência de legalidade às mercadorias trazidas ilegalmente para o Brasil. Posteriormente, essas cargas eram transportadas dos portos clandestinos para as empresas destinatárias, que faziam a distribuição dos produtos.

Há evidências de que o consórcio criminoso emitiu notas fiscais fraudulentas com valores superiores a R$ 209 milhões. A operação segue em andamento, com o objetivo de desmantelar o esquema e identificar outros envolvidos no esquema de contrabando.