O lulista Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, foi assassinado com golpes de faca e machado pelo bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos. O crime aconteceu na noite de quarta-feira (7.set.22), em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa (MT). A motivação seria uma discussão por política.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, o apoiador de Jair Bolsonaro (PL) matou o colega, defensor de Lula (PT), quando eles trabalhavam juntos no corte de lenha numa propriedade rural.
Esse é o 2º crime eleitoral do ano provocado em consequência do estímulo ao ódio feito por Jair Bolsonaro.
Lula já havia alertado sobre a situação em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo no dia 25 de agosto. "O que é importante é que a gente não confunda polarização com estímulo ao ódio. Eu me dou muito bem com o PSDB, que foi meu principal adversário durante tanto tempo", comentou o petista na data.
"Você tem divergência, você briga, você diverge, você tem divergência programática, mas você não é inimigo", salientou Lula
"A polarização é saudável no mundo inteiro. Polarização tem nos Estados Unidos, tem na Alemanha, tem na França, tem na Noruega, tem na Finlândia, tem em tudo quanto é lugar", concluiu o ex-presidente.
Ao divergirem políticamente, estimulado pela sua liderança radical, Rafael acabou cometendo o crime. “O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula e o autor, defendendo o Bolsonaro", disse o delegado.
Segundo a Polícia Civil, os colegas de trabalho entraram em luta corporal e Rafael teria perseguido a vítima e o desferiu diversos golpes de facas nas costas. Com a vítima já caída no chão, o bolsonarista deu golpes de faca no olho, pescoço e testa. Depois, Rafael foi até um barracão pegou um machado, voltou até o corpo de Bendito e o acertou no pescoço.
Em seguida, o autor escondeu as armas do crime e foi andando até a cidade de Confresa. O criminoso chegou ao hospital e solicitou atendimento médico, pois estava com um corte na mão e outro na testa. Ele alegou que tinha sido vítima de uma tentativa de roubo.
O suspeito foi encaminhado para a delegacia para prestar depoimento e confessou o crime. O suspeito foi preso em flagrante por homicídio qualificado, por motivo fútil e motivo cruel e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.
Os policiais encontraram a faca e o machado e outros elementos que apontavam para o suspeito no local do crime. A polícia disse que o autor desferiu ao menos 15 facadas
1º CASO
Vamos lembrar que me julho desse ano, o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, pai de 4 filhos, militante do PT e dirigente do sindicato dos servidores municipais de Foz do Iguaçu (PR), foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, policial federal penitenciário. O bolsonarista invadiu a festa de aniversário do petista armado gritando: ‘Aqui é Bolsonaro’, enquanto efetuava disparos que resultou na morte de Arruda.
