A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu a investigação sobre o homicídio de Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, ocorrido em Tibagi, nos Campos Gerais, em 6 de junho. O suspeito do crime foi preso em 17 de junho.
O indivíduo foi indiciado por homicídio qualificado, incluindo motivo torpe, dissimulação e feminicídio, além de aborto sem o consentimento da gestante e ocultação de cadáver.
O desaparecimento de Isis foi registrado pela mãe no dia 7 de junho, depois que a jovem saiu para encontrar o suspeito, com quem havia tido um relacionamento, e não voltou para casa.
As investigações revelaram que Isis foi ao encontro para conversar com o suspeito após descobrir que estava grávida. Durante o inquérito, a PCPR realizou 36 depoimentos, analisou câmeras de segurança e conversas que indicam que o suspeito não aceitou a gravidez e tentou forçar a adolescente a realizar um aborto, mas ela não aceitou.
As apurações também sugerem que, após o encontro, o suspeito tentou criar três álibis, incluindo uma mensagem em um grupo onde afirmava estar chegando em casa, quando na verdade estava em outro local.
Embora o corpo de Isis não tenha sido encontrado, as investigações indicam que o suspeito é responsável pelo homicídio e pela ocultação do cadáver. Desde o início, todos os recursos técnicos disponíveis foram utilizados para localizar o corpo.
“A situação lembra o caso de Eliza Samudio, ocorrido em Minas Gerais em 2010, onde o corpo nunca foi encontrado, mas o óbito foi atestado e o principal suspeito indiciado por homicídio e ocultação,” afirmou o delegado da PCPR Matheus Campos.
A PCPR continua empenhada nas buscas pelo corpo de Isis, utilizando todos os recursos técnicos possíveis, e permanece comprometida em fornecer respostas à família.