Desde o domingo (10.jan.2021), na região da fronteira entre Brasil e Paraguai - das cidades vizinhas de Ponta Porã e Pedro Juan Cabellero - o cenário foi de confronto entre policiais de várias forças (Garras; Batalhão de Operações Especiais; DOF e Polícia Civil de Ponta Porã) e membros do Primeiro Comando da Capital. Após emboscada na noite de ontem (11.jan.2021) oito suspeitos foram mortos. A primeira ação, que desencadeou em tentativa de resgate até chegar nessa troca de tiros no Quartel General do bando, foi a prisão do lider do grupo na fronteira, Giovanni Barboza da Silva, o ‘Bonitão’.
Segundo relatório das autoridades brasileiras, dois dos oito integrantes da facção criminosa, que participaram do ataque à sede paraguaia do Departamento de Investigações da Polícia Nacional (PY), eram paraguaios. Usando coletes e aproximadamente 30 fuzis, na madrugada de domingo (10.jan), no bairro San Gerardo em Pedro Juan Caballero, os criminosos tentaram resgatar o "Bonitão". Durante a ação um investigador teria sido refém pelos bandidos.
Frustrados, segundo informações do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), pelo major Samuel Castilho, os suspeitos migraram para o lado brasileiro, instalando-se em Ponta Porã. Sob a vigilância das forças de segurança do Estado de Mato Grosso do Sul, os policiais conseguiram a informação com o endereço do bando e armaram a emboscada.
Recebidos à tiros, no primeiro confronto seis criminosos foram mortos. O imprensa paraguaia, pelo site ABC Color divulgou que aqueles com nacionalidade paraguaia foram identificados como Edson Prieto Dávalos (28) e Óscar Rubén Cardozo Delvalle (37).
Nas operações foram apreendidos dois fuzis; quatro pistolas; uma Land Rover e caminhonete S10; um fuzil modelo FN15 de origem americana, calibre 5,56 /.223, com dois carregadores e dois telefones iPhone. Giovanni Barboza foi apreendido a bordo de uma caminhonete, junto com outros dois detidos, de nacionalidade brasileira, Paulo Augusto Jaime Landolfi e Lucas de Aguiar Freire. Enquanto "Bonitão" foi expulso do Paraguai no domingo, por ordem do presidente Mario Abdo Benítez, a dupla foi transferida para o Grupo Especializado por terem processos abertos no país vizinho.