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Mortes de ex-vereador e ativista transexual abalam Capital e interior
Félix Alves e Alanys Matheusa sofreram complicações cardíacas fatais na terça-feira (14.abril)
O ex-vereador Félix Alves, 56, e a advogada transexual Alanys Matheusa, 22, morreram ontem (terça-feira, 14). Pessoas benquistas e atuantes nas cidades onde moravam, ambas foram vítimas de problemas cardíacos.
Em Porto Murtinho, o ex-vereador e comerciante Félix Alves sentiu-se mal, sofreu uma parada cardíaca e não resistiu. Em Campo Grande, Alanys acordou bem, mas começou a tremer muito. Foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento, mas teve uma parada cardiorrespiratória e morreu.
Félix Alves era um porto-murtinhense dos mais conhecidos na fronteira com o Paraguai, graças às atividades comerciais e políticas. Na vida publica experimentou triunfos e revezes. Foi dirigente partidário, vereador, presidiu a Câmara Municipal, candidatou-se a prefeito mas não teve sucesso nessa empreitada, ficando sem realizar seu maior sonho, que era administrar o município que tanto amava.
Depois de ter frustrada a tentativa de permanecer na Câmara em 2008, retirou-se das disputas por mandato eletivo para dedicar-se às lides de comerciante e a fazer política apenas em demandas partidárias. Integrava o bloco de sustentação política do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Alanys ganhou visibilidade por méritos próprios e condições singulares. Aos 22 anos, formada em Direito, tornou-se a primeira trans e negra a exercer a advocacia em Mato Grosso do Sul. Moradora do Bairro Guanandy, era ativa militante dos direitos humanos e pautas afirmativas dos segmentos LGBTQ, negros, mulheres e índios. Estava filiada ao Psol.