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Páscoa

Pesquisa de intenção de compras na páscoa prevê queda de 25% no consumo em MS

Para superar obstáculos, comerciantes devem investir em e-commerce e delivery

Com o perigo do coronavírus e com mais pessoas em casa, menos consumidores farão as compras de páscoa em Mato Grosso do Sul. É o que aponta a pesquisa do IPF (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS). Neste ano, o sul-mato-grossense pretende gastar R$ 136 milhões, uma redução de 36% em relação ao ano passado. 

“Fizemos duas estatísticas, uma pesquisa no início de março e uma sondagem no dia 17 (terça-feira passada) e as estimativas de movimentação financeira em relação as datas iniciais caíram 9%. Vale lembrar que as pessoas são movidas por expectativas e do início do mês até o momento houve impactos sociais e financeiros com o Codiv 19 ”, explica a economista do IPF-MS, Daniela Dias.

De acordo com a pesquisa, a intenção de gastos com chocolates e artigos pascais é de R$ 95,47 milhões (uma queda de 10% em relação ao ano passado) e despesas com comemorações são R$ 40,61 milhões (queda de 47%).

“Entre a primeira e a segunda pesquisa, já com a pandemia em instalação no nosso País, a queda foi de 3% sobre a intenção de compras de chocolates e afins, e de 20% acerca das comemorações”, informa Daniela.

O gasto médio com artigos pascais será de R$ 112,76, valor 14% menor que 2019, porém a pesquisa mostra que os homens estão propensos a gastar mais do que as mulheres, este ano. “A pesquisa também detectou que 46% das pessoas comprariam ovo da Páscoa, independentemente do aumento do preço. Esse índice é 10% maior do que o apresentado no ano passado”, diz a economista.

Outro dado que sugere estar em evidência por causa da crise com o Covid-19 é que 47% afirmam que pretendem não procurar os artigos em lojas físicas.

Entre os que pretendem comemorar a Páscoa (23%), a maioria afirma que ficará em casa e os gastos serão por conta da alimentação (83%) e de bebidas (33%). O peixe não poderá faltar na mesa, segundo 47% dos entrevistados, seguido pela carne para o churrasco (16%) e cerveja (9%).

Oportunidades

Para a economista Daniela Dias, o comerciante precisará abusar das redes sociais, do e-commerce e também das entregas em domicílio para otimizar as vendas a distância. “Transmita confiança ao consumidor sobre os procedimentos preventivos, mostre os bastidores de como são feitos seus produtos até a entrega, otimize alternativas que possam levar entretenimento e lazer para casa”.

A pesquisa de intenção de consumo para a Páscoa foi realizada entre os dias 02 e 10 de março, com 1.692 pessoas e refeita dia 17 de março, com 150 pessoas nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas. 

(com informações da Fecomércio)