GOVERNO BOLSONARO
Ala Olavista é 'deixada de lado' e militares cercam Bolsonaro
Olavo por sua vez, deixado de escanteio, tendo suas ideologias meramente abafadas, disse em entrevista a Natália Portinári, que 'acha ótimo'
O presidente costura seus afastamento dos olavistas. Na sexta-feira (14), saiu no Diário Oficial um decreto que esvazia a pasta de Filipe Martins, seu assessor especial.
Felipe era aluno de Olavo de Carvalho e o mais próximo do presidente, e de longe o nome mais influente em política externa. A indicação do chanceler Ernesto Araújo, a política de busca de intimidade com o presidente americano Donald Trump, assim como a ideia de tornar o deputado Eduardo Bolsonaro embaixador em Washington, estão na sua conta. Filipe, agora, responde ao almirante Flávio Augusto Viana Rocha, novo responsável pela Secretaria de Assuntos Estratégicos. Na prática, o olavismo teve seu espaço no Palácio diminuído. Mas continua no comando das redes sociais, segundo a Veja.
Olavo por sua vez, deixado de escanteio, tendo suas ideologias meramente abafadas, disse em entrevista a Natália Portinári, que ‘acha ótimo’, no entanto, notou-se seu estado de preocupação.
Para a grande parte dos militares que estão junto ao governo de Bolsonaro, nesse instante da história, quem menos entregam resultados são os pertencentes as alas ideológicas olavistas.
Eduardo Bolsonaro se doeu e foi ao Twitter defender Martins. Nas redes o filho do presidente usou termo esdruxulo para falar da ala isenta da política brasileira.
As redes sociais seguem como arma principal do bolsonarismo. A consultoria Bites avaliou o impacto daquilo que os deputados federais publicaram em seus perfis entre terça-feira, dia 11, e a sexta, 14. A oposição ao governo publicou 127 posts em defesa da repórter Patrícia Campos Mello, atacada de forma misógina na CPI das Fake News. Geraram quase 114 mil interações. Os governistas publicaram apenas 60 posts — menos que a metade. Geraram 760 mil interações, segudo a Folha.
Ao desmentir os ataques de Hans, a jornalista foi alvo dos grupos administrados por Eduardo e Flávio Bolsonaro. Segundo o Intercept, números dos celulares ligados aos dois administram pelo menos 20 grupos de WhatsApp que atingem aproximadamente cinco mil pessoas.
Carlos Bolsonaro, Lula e Dilma Rousseff podem ser convocados pela CPMI das Fake News. Os nomes deles estão entre os 80 requerimentos de convites que serão votados durante esta semana. O Filho 02 junto com o seu irmão Eduardo, foram apontados pela deputada Joice Hasselmann como responsáveis pela coordenação de ataques virtuais a inimigos do governo.
*Com Meio.