MEIO AMBIENTE
'Briga' entre fazendeiros e ambientalistas por área do Parque Serra da Bodoquena chega a ALMS
Fazendeiros pedem redução do Parque para 20% da área atual
Um grupo de organizações ambientalistas divulgou hoje (22), que fará lançamento em defesa do Parque Nacional da Serra da Bodoquena às 8h da próxima terça-feira, 26, na Assembleia Legislativa.
O lançamento se dá em parceria com a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação de Mato Grosso do Sul. As publicações trazem informações inéditas sobre a descoberta de novas espécies vegetais e animais na área do parque.
O Parque da Bodoquena, de 76 mil hectares, entre os municípios de Bonito, Bodoquena, Jardim e Porto Murtinho, é uma das áreas mais ricas em biodiversidade do Estado. Criado em novembro de 2000, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Segundo os ambientalistas, é, também, uma das regiões mais importantes para o turismo. Situado na borda sudoeste do Complexo do Pantanal, em MS, é um dos mais interessantes ecossistemas do Pantanal.
No Parque nascem rios que atraem todos os anos centenas de milhares de visitantes, que movimentam toda uma cadeia econômica, gerando emprego e renda para milhares de pessoas.
A iniciativa se dá após ameaça de redução do parque, do qual restariam menos de 20% de área original. Por meio de uma ação judicial movida por antigos proprietários de terra onde foi criada a unidade de conservação. Os fazendeiros pedem para a Justiça declarar a caducidade do decreto que estabeleceu o parque, com o argumento de que ainda não foram indenizados.
A coalizão de organizações ambientalistas entende que os proprietários devem receber as indenizações, mas que o atraso nos pagamentos não pode implicar na revogação do decreto.
As publicações reúnem informações técnicas sobre a importância do parque para a vazão de água de qualidade para os rios da região, para o turismo e para a economia local, além de sua riqueza biológica. Estarão presentes os pesquisadores responsáveis pelos estudos e parlamentares da Frente de Desenvolvimento das Unidades de Conservação.
*Com assessoria