Aquário: intervenção decisiva tira a última pedra do sapato de Azambuja
Assim como o preenchimento da vaga para vice-governador não foi um simples procedimento jurídico-eleitoral para formação da chapa majoritária que concorreu ao governo em 2018, a nomeação do escolhido, Murilo Zauith (DEM), para a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), também passou por uma avaliação criteriosa do governador Reinaldo Azambuja. Ele levou em consideração as novas e imperativas demandas do novo mandato, incluídas as pedras que a gestão anterior deixou esparramadas em seu sapato e ajudaram a moldar um contexto de ingovernabilidade, apagado gradualmente.
A Seinfra está entre as pastas que reclamavam novo ajuste estrutural e operacional. Não por desacerto de seus titulares entre 2015 e 2018, que desempenharam excelente serviço. Ocorre que se desenha um novo cenário de providências dentro da nova realidade conjuntural do País. Os estados devem executar medidas de austeridade em níveis sem precedentes na história e Azambuja, mesmo atento a esta exigência, não abre mão de dar sequência à política de retomada do desenvolvimento gerando empregos e oportunidades. E nesse capítulo tem a Seinfra entre os principais operadores, razão pela qual convocou Zauith.
Com o fichário bem-sucedido na atividade empresarial e na vida publica – foi de prefeito de Dourados, deputado estadual e deputado federal a vice-governador duas vezes -, Murilo Zauith é dono de um perfil encaixado com perfeição no modelo conceitual de gestão de resultados imprimido pelo governador – um perfil ideal para incorporar o espírito resolutivo a ser escrito no capítulo das obras deste ciclo de quatro anos recém-iniciado.
Para quem acompanhou com acurado olhar a opção por Zauith não foi difícil encontrar as razões de Azambuja. Para a pasta que mais dá visibilidade física e social do tamanho, do alcance e dos resultados de seu governo, o governante chamou um homem acostumado a desafios. Um empreendedor nato, esmerou-se na vida publica construindo e aprimorando diálogo, abrindo portas e formulando soluções e saídas para intrincados labirintos de ordem gerencial. Com isso, conquistou ampla credibilidade e multiplicou diferentes caminhos para transitar junto às mais diferentes interlocuções.
Estas habilidades já começaram a demonstrar a que veio Murilo Zauith no segundo governo de Azambuja. Obediente às diretrizes governamentais e com a liberdade de ação que obteve para atuar, o secretário já está cada vez mais perto do momento em que vai tirar uma das últimas e mais incômodas pedras no sapato do dirigente tucano: o Aquário do Pantanal.
Independentemente das razões de origem que justificaram a execução do projeto, a obra O megainvestimento – lançado e iniciado pelo governador André Puccinelli em 2011 – não foi concluído. A obra sofreu várias interdições por causa de problemas técnicos ou pendengas na Justiça e no Ministério Publico. Deveria custar inicialmente R$ 80 milhões, mas sofreu atrasos e prejuízos que elevaram seu custo a um patamar quatro vezes superior.
Azambuja lançou no ano inicial de seu primeiro governo o Programa Obras Inacabadas Zero. O objetivo: terminar tudo que estava inconcluso para evitar o desperdício de dinheiro púbico, desmontes sociais e frustração de expectativas, como as que alimentavam o trade turístico., animado com a projeção de visitantes que o Aquário iria atrair de dentro e de fora do País.
Das 235 obras que encontrou inacabadas, Azambuja entregou quase 100 %. Das poucas sob pendência, a mais significativa é o Aquário, e assim mesmo porque o Judiciário e o Ministério Publico travaram sua continuidade, mesmo com novo desenho físico e financeiro feito pelo governo para reduzir seu custo. Murilo Zauith tomou posse em 1° de janeiro e sem perder tempo já emendou conversas que teve antes dessa data com a intenção de acelerar os trâmites que competem ao Estado pela retomada do investimento.
Com isso, ficou assentada a certeza de que o Aquário não vai entrar para a história como mais uma sepultura no cemitério de elefantes brancos. Vários encaminhamentos agora em janeiro dão celeridade ao processo burocrático que antecede a entrada em operação das máquinas.