Governo de MS
Governo de MS discute vigilância no trânsito de animais e produtos pecuários
O superintendente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta e o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Luciano Chiochetta, estiveram em São Paulo na terça e quarta feira (4 e 5.12) participando da primeira reunião sobre vigilância no trânsito nacional e internacional de animais e produtos pecuários, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp).
Sobre os temas discutidos Luciano Chiochetta destacou as estratégias de controle do trânsito de animais, produtos e subprodutos de origem animal, por ser um trabalho fundamental para evitar a entrada ou reintrodução de doenças, como citou a febre aftosa, lembrando que o País se prepara para gradativamente retirar a obrigatoriedade da vacinação.
A experiência de outros Estados neste trabalho, apresentada durante a programação, foi destacada por Rogério Beretta como sendo um dos pontos altos do encontro. “Somos excelência em diversos serviços que realizamos na Iagro, contudo, sempre há como melhorar e é isso que buscamos. O encontro foi muito proveitoso”, completou.
Na oportunidade o presidente da Faesp, Fábio Meirelles, disse que a vigilância no trânsito animal e internacional de animais e produtos pecuários tem sido preocupação constante da instituição, que vem realizando um trabalho profícuo neste sentido com o Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC).
Meirelles declarou que a Faesp defende a antecipação do status de área de livre aftosa sem vacinação e a criação de um fundo privado, com fins indenizatórios e educacionais, seguindo os exemplos dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.
Júlio Cesar Augusto Pompei, coordenador da Panaftosa afirmou que ter ‘as Américas livres de vacinação contra a febre aftosa’ não é um sonho impossível e para realizá-lo os serviços sanitários sul americanos estão se reunindo com a iniciativa privada de seus países, para campanha de vacinação na Venezuela. “É um projeto que o Brasil tem interesse estratégico por causa da fronteira, e todo o investimento feito na erradicação da aftosa é principalmente para obtermos maior segurança na região. Nós temos que interromper a circulação do vírus da aftosa na região (Colômbia e Venezuela). E, obviamente, dar condições ao setor privado e ao serviço veterinário oficial da Venezuela para realizarem trabalho de longo prazo na erradicação e prevenção da doença”, completou.
O Brasil não apresenta um foco da doença, desde 2006, e estudos do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) mostram que o gado pode prescindir da vacina, após cinco anos.
Pompei reiterou quer o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) está coordenando, por determinação dos países membros da Comissão Sul Americana da Luta Contra febre aftosa (Cosalfa), um plano de vacinação contra a doença no rebanho bovino e bubalino da Venezuela, durante dois anos, podendo ser prorrogados por mais dois anos. Para tanto, buscará a criação de um fundo privado para empregar nas ações de defesa, como a contratação de vacinadores, aluguéis de carros para campanhas de vacinação, compra de pistolas para aplicação das vacinas e estruturação da cadeia de frio para a conservação das vacinas. Os países buscarão apoiar as ações com o envio de profissionais e doação de vacina contra a doença.