Para deputados decisão do Senado em aumentar tributos é retrograda e desnecessária
Alguns deputados estaduais comentaram hoje a proposta do Senado que prevê ampliar os recursos destinados à área da saúde por meio do aumento da alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e da regulamentação do Imposto sobre as Grandes Fortunas, além de pequeno acréscimo no valor das apostas das loterias. A proposição sugere que a verba arrecadada seja investida para sanar o déficit anual de R$ 45 bilhões que existe na área da saúde.
O deputado Osvane Ramos (Pros), alega ser contrário ao parecer apresentado, tendo em vista que a decisão contribui com uma área, porém, prejudica outra. “Sou absolutamente contrário a elevação da carga tributária, pois essa não é a solução dos problemas. Creio que a saída nesse caso seria diminuir certos gastos para sanar esse déficit, sou a favor de diminuir para aumentar e não o contrário”, disse.
Para o petista Laerte Tetila, a melhor saída seria um sistema comparado ao extinto CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) que rendiam anualmente cerca de R$40 milhões. “Todo aumento de imposto não é válido e a primeira a ser contra isso é a presidente Dilma, por isso acredito ser uma proposta difícil de ser aprovada, além disso o povo não quer mais pagar mais impostos”, relata.
Outro defensor de um sistema parecido ao CPMF é o também petista Amarildo Cruz. Ele afirma que é preciso focar em uma legislação ampla que faça uma reforma tributária, a fim de diminuí-la. “Precisamos de Estados mais capacitados e políticas de atrativos para os investidores e não aumento tributários”, completa.
Clayton Neves