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Cunha “desdenha” pagamento das pedaladas e diz não aliviar pressão de impeachment contra Dilma

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou nesta terça-feira (29) que o pagamento das “pedaladas fiscais” tivesse algum efeito em relação ao “relaxamento” do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

De acordo com Eduardo Cunha, “as pedaladas de 2015 não foram base da aceitação do pedido de impeachment. O pedido considera as pedaladas de 2011 a 2014, mas ignoramos 2014. O pedido considera em 2015 a edição de decretos em desacordo com a lei orçamentária sem o aval do Congresso", afirmou. O governo como um todo tanto está incomodado com o processo. Tanto é que está tentando pagar as pedaladas. Sabe que errou", disse o presidente.

Nesta segunda-feira (28), o Tesouro Nacional anunciou que o governo pretende realizar o pagamento integral, ainda neste ano, das chamadas "pedaladas fiscais" que se refere ao atraso na transferência de recursos para bancos públicos, o que caracterizaria empréstimo ao governo, vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O pagamento, de R$ 57 bilhões, permitirá ao governo cumprir a meta fiscal que prevê um déficit recorde de R$ 119,9 bilhões e não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.