Morte de recém- nascida pode ter sido provocada por erro médico, segundo familiares
Uma recém-nascida, de apenas cinco dias, faleceu na noite do último domingo (29) com suspeita de broncoaspiração, no Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande. De acordo com relato da mãe, Carina Portilho de Souza, Maria Eduarda nasceu na terça-feira (24) e na sexta-feira (27), ambas tiveram alta do hospital.
Segundo Carina Portilho, no sábado (28) à tarde, a criança apresentou sintomas de febre. Com isso, os pais retornaram à unidade para fazer acompanhamento médico. “A médica disse que minha filha estava normal. Só pediu para passar a noite em observação”, lembra. Na manhã de domingo (29), a bebê foi submetida a um exame de raios-X, no qual foi detectado duas manchas pequenas no pulmão da criança. Carina conta que durante a gestação adquiriu uma infecção e até a mencionou à médica que atendeu o caso da filha, porém, foi avisada de que a sua infecção não teria motivado as manchas no pulmão de Maria Eduarda. “A médica disse que poderia ser princípio de pneumonia e receitou ampicilina em função das manchinhas”, relata a mãe.
Segundo Carina Portilho, após o exame a filha foi amamentada, passando por procedimentos normais. “Ela até arrotou e gorfou um pouco de leite e depois eu dei a minha filha para uma enfermeira que iria aplicar acesso para medicação. Quando a enfermeira pegou a minha filha ela começou a chorar muito”, disse. Segundo a mãe, Maria Eduarda piorou após tomar a medicação e logo em seguida foi submetida ao soro. Segundo Carina, o medicamento não teria sido aplicado por uma enfermeira padrão e sim por um técnico de enfermagem.
Com o quadro agravado, a criança foi levada para emergência do hospital, já desfalecida, segundo a médica. A criança veio à óbito no domingo à noite. Indignados, os pais tentaram registrar boletim de ocorrência na Depac ( Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), mas não conseguiram em função da falta do atestado de óbito que o Rosa Pedrossian não emitiu aos familiares.
De acordo com o presidente da Associação de Vítimas de Erros Médicos da Capital, Valdemar Moraes de Souza, o delegado já foi informado sobre o caso para autorizar a realização do registro do boletim para a família fazer a autopsia do corpo da bebê. Segundo os familiares há suspeita de que um possível erro médico pode ter agravado a saúde da criança.Conforme a médica, Maria Eduarda teve princípio de três paradas cardíacas. Em mensagem por meio de Whats App, a médica afirma não ter prescrito ingestão de soro na criança, mas apenas de ampicilina.
Segundo a assessoria de comunicação , o Hospital Regional ainda não foi informado oficialmente sobre a suspeita da família, de que um erro médico possa ter sido a causa da morte da recém-nascida. Mas a situação já foi passada para a diretoria, por meio da própria assessoria que ficou a par do assunto por ter sido procurada por outros veículos de comunicação. Desta forma, ainda segundo a assessoria, o HR está realizando a apuração dos fatos para tomar as medidas cabíveis.