Câmara não ficará ‘paralisada’ com movimento da oposição, diz Cunha
O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (23) que não se “constrange” com a intenção de deputados da oposição de impedir votações no plenário e avaliou que a Casa “não ficará paralisada”.
Deputados do PSDB, DEM, PPS e de partidos que se declaram independentes, como a REDE e o PSOL, decidirão nesta terça (24) se vão obstruir a análise de propostas no plenário até que o Conselho de Ética decida sobre o parecer preliminar que defende a continuidade do processo que investiga Cunha.
O colegiado iniciou reunião naquela manhã para a leitura do parecer preliminar do relator do processo, deputado Fausto Pinto (PRB/SP). No entanto, às 10h44, Eduardo Cunha abriu sessão no plenário principal da Câmara, o que impediu a continuidade da reunião do Conselho de Ética. Pelo regimento interno, o início da chamada “ordem do dia” no plenário impede votações nas comissões.
Posteriormente, aliados do presidente da Câmara apresentaram uma questão de ordem no plenário pedindo a anulação da reunião do Conselho de Ética. A intenção era adiar ainda mais o processo que investiga o peemedebista, já que uma nova sessão do colegiado teria que repetir a leitura da ata do encontro anterior. Além disso, questionamentos já respondidos pelo presidente do Conselho poderiam ser refeitos.
Com a decisão do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ) – que estava atuando no final da manhã como presidente em exercício da Câmara – de acolher a questão de ordem e cancelar a reunião, deputados passaram a deixar o plenário da Casa aos gritos de “vergonha!” e “fora, Cunha!”.