Jamal diz que "ouviu falar" sobre tentativa de Bernal de comprar votos por R$ 1 milhão
O vereador Jamal Salem (PR) chegou dez minutos adiantado à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para prestar depoimento agendado para 9h30 desta segunda-feira (26).
Jamal não confirmou denúncias feitas por ele próprio sobre suposto esquema articulado pelo prefeito Alcides Bernal (PP) que teria oferecido dinheiro e cargos públicos a vereadores em troca de votos contrários à cassação.
O vereador criticou peso que recaiu sobre ele após denúncia diante da "cobrança de provas", e se disse vítima de uma injustiça. “Me sinto vítima e injustiçado. Vim com dever de esclarecer situação. Vim para depor e esclarecer o que ouvi falar a respeito do pagamento em dinheiro. Vim apenas para falar o que eu ouvi dizer, que seria em torno de R$ 500 mil a R$ 1 milhão”.
Embora admita não ter provas, Jamal afirmou que não se trata apenas da denúncia de compra de votos por parte de Bernal a pauta de seu depoimento. O vereador garantiu que tem novas informações para Operação Coffee Break, que investiga possível esquema de compra de votos para cassar Bernal em 2014, porém, não adiantou do que se trata.
Além de Jamal, o promotor do Gaeco, Marcos Alex Vera, aguarda chegada do vereador Edil Albuquerque (PMDB) que deve prestar depoimento ainda nesta segunda-feira (26). Edil foi quem solicitou ao Gaeco que investigasse denúncia de Jamal sobre compra de votos partindo de Bernal.
Após denúncia, Gaeco recomendou aos vereadores: Luiza Ribeiro (PPS), Paulo Pedra (PDT), atual secretário na gestão de Bernal, Airton Araújo (PT), Alex do PT e Cazuza (PP) que entreguem celulares para perícia. O prazo termina nesta terça-feira (27). O pedido foi feito também ao prefeito Alcides Bernal.