Edil e Jamal depõem no Gaeco para esclarecer denúncia, contra Bernal, de compra de votos
Nesta segunda-feira (26), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ouve os vereadores Jamal Salem (PR) e Edil Albuquerque (PMDB) dando continuidade à Operação Coffee Break, que investiga suposto esquema de compra de votos na cassação do prefeito Alcides Bernal em março de 2014.
Desta vez, os rumos da investigação envolvem uma denúncia feita pelo ex-secretário de saúde de Gilmar Olarte, vereador Jamal Salem (PR) de que Bernal também havia feito um esquema de compra de votos, no caso para que os vereadores votassem contra a sua cassação.
Na tentativa de conquistar votos favoráveis, seriam oferecidas quantias em dinheiro e cargos na sua administração.
Celulares
Com a denúncia, o Gaeco solicitou aos vereadores para que entregassem seus celulares de forma voluntária até o prazo de terça-feira (27). Caso a solicitação não seja atendida, será analisada a justificativa de cada parlamentar para a não entrega dos aparelhos e a partir de então, medidas judiciais podem ser adotadas.
Comissão de Ética
Foi criada uma Comissão de Ética, para investigar possível quebra de decoro dos vereadores na Câmara Municipal de Campo Grande em vista da Operação Coffee Break. De acordo com o vereador João Rocha (PSDB), presidente da Comissão, os vereadores têm até esta segunda-feira (26) para apresentar a defesa. “Depois de recebidas as defesas vamos analisar e cruzar com os depoimentos feitos. Só então vamos ver se pediremos o compartilhamento de informações do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Justiça para juntar ao processo”, destacou.
Investigações
A Operação Coffee Break, é um desmembramento de outras duas operações, a Adna e a Lama Asfáltica. O prefeito Alcides Bernal (PP) foi cassado em março de 2014 por 23 votos. Votaram favoráveis à cassação: Vanderlei Cabeludo, Carla Sthepanini, Edil Albuquerque, Mario Cesar, Paulo Siufi, todos do PMDB; Coringa , Chiquinho Teles, Delei, do PSD; Flávio César, Otávio Trad, e Eduardo Romero, do PTdoB; Chocolate (PTB); Jamal Salem (PR); Grazielle Machado (PR); João Rocha, Rose Modesto, do PSDB; Alceu Bueno (Ex-PSL), Airton Saraiva (DEM), Gilmar Cruz (PRB), Carlão (PSB), Juliana Zorzo (PSC), Edson Shimabukuro (PTB), Elizeu Dionízio (PSDB).
Contra a cassação, votaram os vereadores José Orcírio dos Santos (Zeca do PT), Alex do PT, Airton Araújo (PT), Cazuza (PP), Paulo Pedra (PDT) e Luiza Ribeiro (PPS).