Campo Grande cheira mal enquanto prefeitura e Solurb não se acertam
Nossa capital está com suas ruas cheias de lixo desde o último dia 9 de setembro, quando teve início a greve dos coletores. Os funcionários da Solurb, terceirizada responsável pelo recolhimento de lixo da capital, alegam atraso no salário do mês de agosto e o secretário de governo Paulo Pedra, afirma que a prefeitura já repassou à empresa R$ 56 milhões. Segundo ele, os atrasos não justificam a paralisação da coleta. O Ministério Público do Estado (MP-MS) investiga irregularidades nos repasses municipais.
A Solurb afirmou que retoma o serviço assim que a prefeitura pagar pelo menos 15% das contas atrasadas que somam cerca de R$ 34 milhões. O serviço deveria ter voltado ao normal nesta quarta-feira (16) depois da decisão da Justiça que determinou multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento.
Depois de oito dias de acúmulo de lixo, algumas empresas particulares fizeram o recolhimento em alguns bairros. Moradores também estão levando o lixo residencial ao aterro sanitário. Uma equipe da Guarda Municipal foi até o local para manter a tranquilidade após confusão nesta manhã por causa de uma longa fila de carros.
A população como sempre é quem mais sai prejudicada. Com calçadas abarrotadas de lixo além do mal cheiro, o bem-estar dos Campo-Grandenses já foi comprometido e se a coleta não voltar o mais rápido possível a saúde dos moradores da capital também correrá riscos. Animais que transmitem doenças como ratos, baratas, ratazanas e até mesmo escorpiões são atraídos pelo lixo e na situação que a cidade se encontra, agora estão ainda mais próximos das residências. “O que a gente pode fazer é torcer pra não chover nesses próximos dias. Se vier uma chuva forte, vai ser lixo espalhado pra todo lado e bueiro entupido. Além das doenças que podem nos contaminar pela água.” Afirma Fabíola Magalhães, moradora do bairro Chophavilla II.