Eximindo-se de posicionamento, Chiquinho diz que acordo com Solurb depende de articulação de Pedra
Embora ocupe a vice-presidência da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Campo Grande, que analisa a lisura de pares da Casa de Leis, em investigação do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, referente a operação Coffee Breack, o vereador Chiquinho Telles (PSD) se eximiu de um posicionamento ante ao desarranjo entre a prefeitura Municipal de Campo Grande e o Consórcio CG Solurb concessionário do lixo na Capital.
Questionado sobre o impasse que gerou a paralisação dos serviços considerados essenciais na cidade, o vereador afirmou ao MS Noticias que a competência para resolver a questão é única e exclusivamente do atual secretário Municipal de Governo e Relações Institucionais, Paulo Pedra (PDT). Isso, segundo Chiquinho implica na deliberação de tarefas no Executivo Municipal, já que, conforme o parlamentar a crise no município também se estende a outros setores como saúde e educação. “Há uma queda de braço e um ranço político. O secretario de governo tem capacidade de fazer a negociação, sem expor o prefeito. Se Bernal centralizar tudo vai cometer o mesmo erro do passado”, disse.
Na última semana, a prefeitura de Campo Grande havia responsabilizado a falta de pagamento dos funcionários da Solurb à empresa. Segundo o Executivo Municipal a Solurb recebeu nos primeiros meses de 2015, R$ 56 milhões, e o último pagamento foi em 24 de agosto, dois dias antes do atual prefeito Alcides Bernal (PP) retornar à prefeitura. O processo está em andamento para ser atestada a prestação de serviço e somente após a medição e conferência minuciosa é que novo pagamento será feito. De acordo com a prefeitura, o prazo para acertar as contas com a empresa termina em 90 dias, período previsto no contrato firmado entre o Consórcio e a administração municipal. “ Tudo o que chega à justiça fica demorado e quem sofre com isso é a população" considera Chiquinho. O Consórcio afirma que o último pagamento ocorreu em maio e que, portanto, o atraso é superior à 90 dias.
No passado
Chiquinho Telles foi um dos 23 vereadores que votou favoravelmente à cassação do mandato de Alcides Bernal, em março de 2014. Agora, o parlamentar integra como vice-presidente, a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que analisa o processo completo encaminhado pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, sobre a investigação de oito vereadores pela Operação Coffee Break, para avaliar a possível quebra de decoro desses parlamentares com relação a cassação de Alcides Bernal.