Corrupção, amém
Somos o que somos; concunhado do prefeito de Paranhos é fantasma
Farinha pouca, meu pirão primeiro; o mote de nossa política daqueles que usam de partidos históricos para benefício próprio
O prefeito de Paranhos (MS), Júlio Cesar de Souza (PDT), foi acusado pelo vereador Hélio Ramão Acosta (PSDB), em outubro de 2014, por ter nomeado seu concunhado, Honório Ferreira Barbosa, para exercer o cargo de Supervisor Técnico dos Serviços de Saúde da Prefeitura de Paranhos. Legal, não fosse estranho, mas ilegal quando se comprovou que Honório recebia R$ 4.000,00 mensais da prefeitura daquele município, enquanto era, também, lotado na Unidade de Saúde de Família Dr. Nery A. de Azambuja, em Ponta Porã, cidade em que ele é concursado e cumpre carga horária de 40 horas semanais.
À época, após divulgação da dupla função, o cocunhado do prefeito Júlio César, negou acúmulo de cargos: “Sou concunhado, e não tenho acúmulo de cargos públicos”. Segundo o site Jornal Internacional News, documentos contradizem Honório e comprovam a incompatibilidade de horários e o acúmulo de cargos públicos.
O autor da denúncia, Hélio Acosta, afirmou na sessão da Câmara de Paranhos, em (31/08), que o Prefeito Júlio manteve seu concunhado em cargo público durante 8 meses. O funcionário foi exonerado somente após sua denúncia ao Ministério Público. Em oito meses, o prefeito Júlio despendeu ao menos R$ 32 mil apenas em salários, não se fazendo a conta de tantos adicionais e impostos que oneram o erário.
Grita
Participar da “grita” contra a corrupção tem sido lugar comum e encontra eco nos mais diversos partidos, mas aparentemente a corrupção dos outros é nos incomoda, desde que possamos praticar “delizes” em benefício próprio.
Tentamos contato o prefeito Júlio Cesar de Souza, mas as ligações não foram completadas.