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Clã Trad reunido para definir estratégias para as eleições na Capital

Nelsinho, Fábio, Marquinhos e Otávio conversam a portas fechadas para definir de que forma e em qual partido irão participar das eleições municipais de 2016.

Família Trad arquiteta para as eleições de 2016.

O aviso foi dado em redes sociais pelo ex-deputado federal Fabio Trad, não reeleito em função da aposta e apoio do ex-governador André Puccinelli a candidatos até de outros partidos. “Bom dia pessoal! Minha decisão de sair do PMDB é inegociável, irretratável e irreversível. Aguardo apenas a decisão do TSE sobre o quadro partidário brasileiro para concretizar o meu próximo passo na Política. Tenho muitas razões para sair e até pedido expresso de desculpas de quem reconheceu que me prejudicou nas eleições em benefício de candidaturas de outros partidos. Em breve - e vocês serão os primeiros a saber - com absoluta transparência e clareza, anunciarei o caminho para uma nova jornada de minha atuação política.”

Quando os ventos políticos, que junto aos aviões de carreira cortam os céus de Brasília, demonstravam mudanças de direção, tudo ficou igual, tudo ficou no mesmo para que todos os políticos continuem como estão. Portanto, o que seria a redenção e a revanche de Marquinhos Trad, que se aboletaria no que restasse da fusão PTB/DEM, foi por água abaixo. Se este arranjo permitiria uma janela de infidelidade que daria a possibilidade de Marquinhos concorrer à prefeitura da Capital sem a perda do atual mandato de deputado estadual, com o esfriamento do namoro entre democratas e pedetistas, tudo virou fumaça. Perdeu a noção, após o fim da proibição da coligação nas proporcionais, arriscar formar um partido e perder a oportunidade de arranjos vantajosos.

Agora, a bola da vez para todo o clã Trad passa a ser o disponível PSD com sua bancada de três vereadores na Câmara de Vereadores da Capital e um presidente demissionário. Bom para o partido, melhor para os Trad. A questão é convencer a justiça eleitoral a permitir a mudança de partido sem perda de mandato baseado numa reconhecida perseguição política que pretende esvaziar a candidatura de Marquinhos.

Ainda assim e mesmo que perca o mandato, Marquinhos pode definir sua mudança de casa nos últimos minutos do prazo permitido.

Agora vamos às contas

Marquinhos está escudado nos mais de 47 mil votos que obteve nas últimas eleições, dos quais pelo menos 20 mil em Campo Grande, some-se a estes os votos dos irmãos Fábio e Nelsinho. Estima-se que tenha um contingente inicial de algo em torno de 80 mil votos (muitos eleitores que não votaram em Giroto e se vêem comandados pelo descalabro gerencial de Olarte estão pensando “eu era feliz e não sabia”).

Este número são animadores, e ficam mais ainda quando se supõe que o ex-prefeito cassado Alcides Bernal (PP) resolva, de súbito como é sua característica, lançar-se candidato. Ele também teria uma dianteira de algo em torno de 80 mil votos, dos seus eleitores e daqueles que ainda sonham com a mudança e acreditam que Bernal tenha sido vítima de um golpe.

A se fechar a conta nessa matemática estimativa, ambos, Marquinhos Trad e Alcides Bernal detêm 160 mil votos de dianteira, o que desestimula inúmeras outras candidaturas e torna uma parceria com seus partidos, extremamente atrativa.

Estamos em junho, mês forte para as definições políticas, então nada mais natural que entender essas reuniões iniciadas na manhã de hoje (9) entre os Trad, como rodada de negócios que pode ser fechada entre os brindes de um domingo de almoço em família.