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Indignado

Bernal quer respostas sobre arquivamento de processo contra vereadores

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O arquivamento do Procedimento Preparatório nº 06/2015, pelo Ministério Público Estadual (MPE), que apurava denúncias sobre suposta compra de vereadores para cassar mandato do então Prefeito Alcides Bernal (PP), causou indignação do prefeito cassado.

“Ou o promotor não tem nos autos que ele preside todas as provas do Gaeco ou eu não consigo entender o que está acontecendo em Campo Grande, pois os vereadores solicitaram vantagem indevida”, disse ao MS Notícias Alcides Bernal.   

Bernal citou que vereadores do PT do B, Flávio César, Eduardo Romero e Otávio Trad, estavam em um apartamento, antes da realização da comissão processante para cassação, com o então vice-prefeito Gilmar Olarte (PP), pedindo secretarias para o partido, e em troca votariam a favor pela cassação. Lembrou ainda que, existem gravações do Gaeco que envolvem Olarte, Jamal Salem (PR) e Paulo Siufi (PMDB), pedindo divisão de secretaria de saúde “meio a meio”. Ele enfatizou que os parlamentares cometeram o crime de corrupção previsto no código penal brasileiro, artigo 317 [Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem].

“Eles foram eleitos para serem vereadores e não para serem secretários e nem mesmo para pedir cargos ou indicar alguém”, exclamou o prefeito cassado.

Alcides Bernal revelou com exclusividade a este site que amanhã, dia 09, levará pessoalmente ao MPE uma representação criminal pedindo providências sobre o caso. “Vou levar pessoalmente ao procurador, doutor Humberto Brites, essa denúncia, com as provas que já são conhecidas por todos. Se não houver ação do Ministério Público nós perderemos a segurança jurídica em nosso município. A cidade vai se tornar terra de ninguém”, finalizou.