Polícia Federal irá investigar envolvimento de Mandetta em fraudes do Gisa
A Polícia Federal, por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux irá colher depoimentos de testemunhas e de envolvidos no escândalo do Gisa para colher provas a respeito da participação do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) no esquema que desviou quase R$ 10 milhões de recursos federais da saúde pública em Mato Grosso do Sul.
Mandetta é alvo do inquérito nº 3949, instaurado em 12 de fevereiro pelo STF a pedido do Ministério Público Federal, apara apurar o suposto envolvimento do deputado nas fraudes praticadas pelo município de Campo Grande no processo de licitação que culminou na contratação do consórcio Telemídia para implantação do Gisa, sistema de agendamento de consultas nas unidades básicas de saúde da Capital por telefone.
Como o sistema nunca funcionou e foi custeado com recursos do Ministério da Saúde, ao todo foram R$ 8,1 milhões, o Ministério Público iniciou investigação e com base em relatórios e documentos apresentados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, ajuizou em fevereiro deste ano duas ações contra Mandetta, Nelsinho Trad, prefeito da Capital na época, e mais 24 pessoas.
No dia 12 de março deste ano, o STF solicitou ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) a entrega de cópia da prestação de contas de Mandetta, que é investigado pelo Supremo por suposta prática de improbidade administrativa na contratação do Gisa, em 2008, quando ele era secretário municipal de saúde de Campo Grande. O MPF descobriu que Mandetta teve viagens à Europa custeadas pela empresa Telemídia pouco antes da finalização da licitação que deu ao grupo o contrato de R$ 8,1 milhões.