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Diretora do IMCG alega perseguição política sobre sua gestão

Jhoseff Bulhões

O IMCG (Instituto Mirim de Campo Grande) vai notificar a prefeitura municipal amanhã, dia 24,  isso porque a atual diretoria do instituto desconhece os motivos do protesto dos professores, alega perseguição política e omissão do município.

De acordo com o advogado do Instituto, Wilson Acosta, a greve é considerada ilegal e a prefeitura dever ser notificada para que tome providencias a respeito da conduta dos profissionais que são contratados por intermédio de duas secretarias.

A atual gestão alega que não foi consultada, que não haveria nenhuma reivindicação por parte dos professores, e que desconhece o motivo da manifestação.

Segundo Mozania Ferreira Campos, diretora presidente do IMCG, os professores poderiam ter procurado para conversar antes, o que não ocorreu. Ela disse que até semana passada os professores tinham elogiado a atual gestão e que agora mudaram de ideia. “Ninguém muda da noite para o dia de opinião”, disse.  

Uma assembleia estava marcada para dia 16 deste mês, mas a prefeitura pediu outra data, sem dia definido ainda, em troca realizou o pagamento e renovou o contrato com a Instituição até o dia 15 de abril, quando ocorre uma nova eleição.

A atual gestão disse que a prefeitura quer retomar o comando do Instituto, com isso tenta desestabilizar a diretoria. Para Mozania, a greve tem cunho político, mas descartou disputar uma nova eleição. “Não está em pauta ser candidata a uma reeleição”, afirma.

Outra alegação da diretoria é que os funcionários estão sendo coagidos pela prefeitura a participar da greve, em caso de não aderirem, podem ser demitidos do cargo. “Não entendemos qual é motivação deles [professores] contra nós”, comenta.

Acordo - Em dezembro, a diretoria do Instituto Mirim fez um acordo com o Ministério Público (MP), firmou o compromisso de prestar contas, reforma do estatuto, além da renovação do convênio e também indicação ilimitada de associados. Outro acordo firmado foi que cada assembleia e a lista de presentes devem ser enviadas ao MP.

Segundo o instituto, tentando retomar o comando, a prefeitura alegou que a diretoria enviou uma lista ao MP com novos associados, o que para o Instituto, o município cometeu um equivoco. “Eles falam que levamos outra lista de indicações, existe um mal entendido.”, afirma a diretora- presidente.

Os professores devem retornar aos trabalhos na próxima quinta-feira e alguns já retomaram para sala de aula. Para manter as aulas, a diretoria alterou a grade da Instituição. “Psicólogo, médicos que seria no final do ano, tivemos que antecipar algumas aulas”, explica.

Negociação - Caso os professores não retomem as atividades, a diretoria vai buscar opções para manter as aulas. “Nós vamos buscar alternativas para que os alunos não fiquem sem aula”, esclarece Mozania.

A prefeitura repassou o recurso destinado a Instituição de fevereiro com vencimento em março na semana passada. Segundo a diretoria, os valores foram repassados com atraso de dias e valores. Mozania disse que esta a disposição dos professores e disposta em manter o dialogo com a categoria.