Com manifestação ruidosa, artistas protocolam pedido de cassação de Olarte
Cerca de 50 pessoas representantes dos movimentos culturais compareceram à Câmara Municipal de Campo Grande e, a pedido da vereadora Luiza Ribeiro e aprovação de Paulo Pedra, que no momento presidia a sessão, ocuparam a tribuna para ler o documento que pede a cassação do prefeito Gilmar Olarte (PP sob liminar) por crime de improbidade administrativa. Estavam representados e assinaram o documento o S.O.S Cultura, Teatro Imaginário Maracangalha, Circo da Mata, Associação Cultural Dança Urbana, Sindicato dos Músicos, Autores e Técnicos de Mato Grosso do Sul, Flor e Espinho, Teatral Grupo de Risco e Coletivo Terra Vermelha.
“Na reunião, os secretários falaram que nós procurássemos nossos direitos, pois estamos fazendo nosso dever de casa, fazendo-nos ouvir através dos meios legais. Chega de sermos recebidos com palavras bonitas e vazias, queremos respeito e que se cumpra a Lei”, disse Fernanda.
Em defesa
Em defesa do prefeito, o vereador Chiquinho Telles disse que pedir cassação é começar a conversa no extremo limite, porque ninguém gosta de negociar tendo uma faca no pescoço e, entende que o prefeito abriu as portas para negociar, como fez com os professores. Lembrou que ontem (18) o interino da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), Rodrigo Pimentel, esteve reunido com o secretário de Estado da Cultura, Athayde Nery, em busca de uma parceria para que as questões de cultura sejam resolvidas. O vereador foi vaiado pelos manifestantes que, também, se posicionaram de costas, durante sua fala.
Essa atitude fez com que o vereador pedisse, em aparte e durante o expediente, que a cedência da palavra livre siga sempre o protocolo para que os vereadores não sejam surpreendidos. Mario Cesar, presidente da Mesa Diretora, disse que vai cuidar para que se cumpra a ritualística.
Após a manifestação em plenário, o advogado representante das entidades, Rogério Batalha, protocolou o pedido de cassação, com a presença dos artistas.
Agora o documento segue para apreciação da Comissão de Constituição Justiça e Redação e, se aprovado, vai a plenário para que os vereadores aprovem, ou não, a instauração de Comissão Processante.