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Resenha Política / Campo Grande

Muitos contras, poucos avanços, e o providencial esquecimento

Gilmar Olarte, Mario Cesar e Paulo Siufi, personagens da semana.

A semana começou em ritmo de batalha anunciada, quando o vereador Carlão (PSB) desabafou contra o líder dos prefeito, Edil Albuquerque, "ele tem que fazer ligação com prefeito e fazer com que Câmara seja atendida. Enquanto ele não fizer isso, não tem que ficar cobrando de nós apoio nenhum", disse o vereador pessebista. Mas, Edil (PMDB) abafou a fritura que ameaçava incendiar. Polidamente deu “alguma” razão para Carlão com uma frase que tem servido de resposta a tudo o que não parece certo: “Estava mais preocupado em destravar os cento e tantos projetos que estavam parados.

Pelo jeito e pela cor da madeira, as mãos calejadas do líder do prefeito não irão segurar esse ferro em brasa por muito tempo. Afinal, dentro do partido existem insatisfações. Paulo Siufi (PMDB), na corrida pela valorização de seu próprio passe - quer pleitear a condição de nome forte a ser indicado para a sucessão do prefeito municipal – costuma jogar gasolina em todo e qualquer foguinho que se acenda nessa relação que vem rolando entre tapas e afagos.

Mas se, de um lado tem um Siufi que se fortalece, de outro o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB)vem acrescentando o balé nos exercícios de esgrima e com pontadas precisas enfraquece o governo Olarte vagarosamente e atrai o público para a sua torcida. Vai firmando seu nome com ações que, pela importância que têm e pelo apelo que geram, ganham a mídia. Pela letargia dos outros partidos (exceto o PTdoB), vem surgindo um retorno peemedebista ao trono do executivo.

E a troca de prefeito, revista hoje, foi uma ação tão sem resultados práticos, que merece ser esquecida. Depois de tantos discursos nos dias 12 e 13 de março de 2014 que apontavam como uma ação histórica e salvadora a cassação do prefeito eleito e a posse do vice, que mereceu um imenso esforço para cair no esquecimento. Se há um ano espoucavam champanhes em fartos brindes, agora o que se toma, em curtos goles, é o remédio amargo da desilusão.

E as atenções ficam por conta das ações pró e contra a presidência da República, envolta em escândalos e pega na mentira das promessas eleitorais que se esvaziaram com o anúncio do ajuste fiscal. Felizmente, tiraram do foco os problemas municipais e deram mais visibilidade à palavra do prefeito em seu parco balanço de seus primeiros 365 dias. Chegado de Brasília e ainda no clima de distanciamento e desconhecimento do que vai no peito do povo, que reina na Capital Federal, apresentou ações que ninguém viu realizadas e, eufórico e enfático como se estivesse no púlpito, chegou a prometer “centenas de milhões de ações” que fará nos pouco mais de um ano restantes.