Siufi encurrala Olarte e ameaça assinar pedido de CPI
Gravações de áudio onde Paulo Siufi conversa com outro vereador e informa que vai pedir o impeachment do prefeito Olarte vazou para a mídia
Existem articulações não bem compreendidas que tomam o plenário da Câmara Municipal de Campo Grande e que vem rachando a base de apoio do prefeito Gilmar Olarte (PP). Ontem, em uma gravação que vazou para a imprensa, o vereador Paulo Siufi (PMDB), comenta com um colega parlamentar que vai pedir o impeachment do prefeito da Capital.
Questionado na sessão de hoje (11), Siufi confirmou a veracidade do áudio e disse que Olarte entrou em contato telefônico por duas vezes, quando eles mantiveram uma conversa. O vereador disse que nada além do que a possibilidade de uma conversa foi tratada. “Tenho 11 anos aqui na Casa, o que tenho a falar com o prefeito será dito pessoalmente. O que eu tenho para falar é que, até o momento confio nele, mas se as explicações não forem convincentes, assino a CPI [do Tapa Buracos], que é um instrumento legal”, disse Siufi.
CPI
O pedido de abertura da CPI do Tapa Buracos, pedida pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS), contava até a sessão de hoje com a assinatura de seis vereadores, no entanto, com o acirramento de ânimos entre opositores, independentes e base do prefeito, que impediu a aprovação de requerimentos que solicitavam o envio de documentos, contratos e planilhas pela Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) à Câmara, dois outros vereadores decidiram por assinar o pedido: Chiquinho Telles, do PSD, e José Chadid, sem partido.
Os requerimentos pediam informações sobre todas as empresas que prestam o serviço de tapa buracos e não, apenas, contra a Selco, flagrada ‘tapando’ um buraco inexistente, e que ganhou a mídia nacional. As informações pedidas e que foram rejeitas pela força tarefa da base aliada são referentes às empresas: Proteco, LD Construções, DMP Construções, Provia, Luca Assessoria, Alvorada, Asaltec Tecnologia em Asfalto, Gradual, JW e Pavitec.
Outros riscos
Não bastasse a ameaça de CPI que ronda a administração municipal, a Câmara se debruça sobre as investigações do MPE (Ministério Público Estadual) e que coloca o prefeito como réu em ação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na terça-feira foi encaminhado ao TJ (Tribunal de Jusiça) o pedido de cópia do processo, que deverá ser enviado em 48h para o departamento Jurídico da Câmara.