Corinthians vence Flamengo no adeus ao Pacaembu
Na festa programada pelo Timão para despedida de sua casa habitual antes da mudança para o Itaquerão, o 2 a 0 ficou sob medida para mais de 39 mil presentes. O bom futebol, neste caso, ficou em segundo plano.
Com o resultado, os corintianos chegara
O Corinthians não fez muito, mas deixa o campo com a sensação de dever cumprido. Marcou muito, criou pouco e venceu no adeus ao Pacaembu. O Flamengo fez menos ainda, completou a quinta partida sem vencer (duas pelo Carioca, um pela Libertadores e duas pelo Brasileiro), duas sem fazer gol (pela competição nacional), e volta para o Rio preocupado com o que vislumbra para o futuro.
Na festa programada pelo Timão para despedida de sua casa habitual antes da mudança para o Itaquerão, o 2 a 0 ficou sob medida para mais de 39 mil presentes. O bom futebol, neste caso, ficou em segundo plano.
Com o resultado, os corintianos chegaram aos quatro pontos, pulando para terceira colocação no Brasileirão. O próximo compromisso acontece no domingo, contra a Chapecoense, na Arena Condá, às 18h30m (de Brasília), e a inauguração do novo estádio será dia 17 contra o Figueirense.
A história no Pacaembu foi encerrada com 966 vitórias, 395 empates e 326 derrotas, em 1.687 jogos. O clima de festa se completou com a apresentação do volante Elias, que foiao campo uniformizado e curiosamente recebeu o carinho das duas torcidas. Muitos rubro-negros gritaram o nome do jogador, que defendeu o clube no ano passado.
Já o torcedor do Flamengo tem motivos para se preocupar. Com mais uma atuação pobre técnica e taticamente, o Rubro-Negro tem início idêntico ao do Brasileirão do ano passado, quando lutou para não ser rebaixado. Com um ponto, é o 16º na tabela e recebe o Palmeiras, domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. O revés em São Paulo ampliou para cinco a série sem vitórias, a pior sob o comando de Jayme de Almeida.
Muito badalado na semana que antecedeu ao jogo, o reencontro de Mano Menezes com o Flamengo aconteceu em clima cordial. Jogadores e membros da comissão técnica fizeram questão de cumprimentar o ex-comandante antes do apito inicial. Sinal de respeito. Sentimento que foi visto também com a bola rolando.
Com duas linhas de quatro atrás da linha da bola, os rubro-negro davam campo aos rivais e tentavam se fechar na defesa. Não deu muito certo. Logo aos 10 minutos, em jogada de escanteio, a bola sobrou para Guilherme abrir o placar e, consequentemente, colocar um freio no ritmo intenso que os donos da casa demonstraram nas ações iniciais.
A desvantagem obrigava o Flamengo a sair para o ataque. Faltava, então, qualidade nos passes. Muito nervoso, Alecsandro recuava para tentar armar e errava tudo que tentava. O atacante chegou até a discutir com Jayme, que pedia velocidade na troca de passes. Já o Corinthians esperava espaços que praticamente não existiram para contra-ataque.
Nos minutos finais, a expulsão de Léo Moura por carrinho em Petros foi o lance derradeiro de uma etapa com raros lances de emoção. Foram somente duas finalizações para cada lado, nenhuma defesa dos goleiros.
Na volta do intervalo, Nixon substituiu o irritado Alecsandro. Segundo Jayme, nenhuma retaliação, apenas uma estratégia para dar velocidade ao jogo. E deu certo. Mesmo com um a menos, o Flamengo se mantinha no campo de ataque e tinha maior posse de bola.
O próprio Nixon perdeu grande chance na pequena área, Luiz Antonio obrigou Cássio a fazer grande defesa. O empate parecia estar maduro. Mas só parecia. Incomodado pela primeira vez no jogo, o Corinthians trocou peças, renovou o gás, e ampliou com Gil.
Futebol burocrático, mas festa empolgante de um torcedor que já sente saudade nas arquibancadas. Enquanto os cariocas voltam para casa de cabeça cheia, os paulistas se despedem com o dever cumprido, como quem diz: "Muito obrigado, Pacaembu"
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