Cinco aviões avistam objetos que podem ser do voo MH370 no oceano
Cinco dos dez aviões que participam das buscas ao voo MH370 da Malaysia Airlines nesta sexta-feira (28) avistaram 'objetos' que podem ser partes do Boeing 777-200. Os objetos foram avistados na nova área de busca onde se concentram os esforços da equipe multinacional de resgate, no sul do oceano Índico. A área de busca foi movida mais de 1.100 km a norte da localização anterior, abrangendo 319.000 km quadrados –uma área equivalente ao território da Polônia.
O avião da Força Aérea da Nova Zelândia avistou primeiramente 11 objetos.
Essa é a primeira vez que integrantes da equipe de buscas conseguem estabelecer contato visual com possíveis destroços do voo MH370 na nova área.
O Boeing 777 da Malaysia Airlines decolou de Kuala Lumpur rumo a Pequim na madrugada de 8 de março com 239 ocupantes, mas desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos depois.
A bordo, viajavam 154 chineses, 50 malaios (12 da tripulação), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiuanês e dois iranianos - estes últimos embarcaram com passaportes roubados de um italiano e de um austríaco.
A Malásia anunciou oficialmente em 25 de março que o voo MH370 havia "caído no sul do oceano Índico", sem deixar sobreviventes.
Nova área
A nova área de busca fica a 1.850 km a oeste da cidade australiana de Perth. A mudança no curso da operação foi tomada com base em informações de radar da Austrália, que mostraram que o avião voava a uma velocidade muito maior do que se imaginava anteriormente e, portanto, com maior consumo de combustível, informou o ministro interino dos Transportes da Malásia, Hishamumuddin Hussein. Segundo ele, a preocupação maior do governo é tentar encontrar os destroços avistados pelos satélites para identificar se realmente pertencem ao voo MH370. Ele disse ainda que toda a tecnologia disponível será usada para encontrar a caixa preta do avião.
As caixas-pretas têm baterias para 30 dias, mas Hishamudin prometeu que a busca continuará além desse prazo, se necessário. O governo americano enviou uma máquina que detecta caixas-pretas.
A nova área de buscas é maior, porém mais perto da costa australiana, permitindo que os aviões da força multinacional passem mais tempo na região. Ela é também bem mais favorável em termos climáticos do que a zona anteriormente focada, em torno do paralelo 40, onde tempestades são frequentes.
Durante mais de uma semana, embarcações e aviões de patrulha vinham procurando destroços cerca de 2.500 quilômetros a sudoeste da cidade de Perth, onde imagens de satélite indicavam a possível presença de destroços do MH370.
O governo da Malásia recebeu imagens de satélite fornecidas pelo Japão e pela Tailândia nesta quinta-feira. Um satélite japonês detectou uma dezena de objetos flutuantes a cerca de 2,5 mil quilômetros ao sudoeste do litoral australiano. As imagens captadas pelo satélite japonês e analisadas pelo centro de inteligência do país mostram objetos de até oito metros de comprimento e quatro metros de largura.
Anteriormente, Tailândia e França anunciaram que seus satélites encontraram 300 e 122 objetos flutuantes, respectivamente, todos ao sudoeste de Perth. (Com agências internacionais)
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