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Wrestling: Macapá sedia torneio que pode decidir o futuro de novos talentos olímpicos

Competidores de todo o Brasil se enfrentam em busca de pontos no ranking nacional e vagas no Programa Bolsa Atleta.

A delegação do Amapá é a maior do torneio com 60 atletas inscritos, seguida de São Paulo (47), Pará (21) e Roraima (15) / Crédito: Panda Fight Team
A delegação do Amapá é a maior do torneio com 60 atletas inscritos, seguida de São Paulo (47), Pará (21) e Roraima (15) / Crédito: Panda Fight Team

No próximo sábado (15.mar.25), Macapá será o centro das atenções do wrestling brasileiro. O Circuito Norte-Nordeste acontecerá das 9h às 17h no Ginásio Avertino Ramos, reunindo cerca de 170 atletas de todo o Brasil para competirem nas modalidades livre e greco-romano.

O evento é promovido pela Confederação Brasileira de Wrestling (CBW), com o apoio do Governo do Estado do Amapá, por meio da Secretaria do Desporto e Lazer. O torneio, aberto ao público, contará com a presença de wrestlers de estados como Amapá, Pará, Roraima, Mato Grosso do Sul, Paraná, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O evento visa revelar novos talentos para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 e promover o crescimento da modalidade em todo o Brasil.

Os atletas disputarão as competições em dois tapetes oficiais, nas categorias Infantil, Cadete, Júnior, Sênior e Veterano, de acordo com os regulamentos da United World Wrestling (UWW). A delegação do Amapá se destaca, com três atletas que têm se destacado em temporadas recentes, competindo pelo clube Panda Fight Team.

O jovem macapaense Danielson de Jesus, de 17 anos, lidera o ranking brasileiro em sua faixa etária na categoria 60 kg do estilo greco-romano, com importantes vitórias em 2024, como os títulos no Campeonato Brasileiro e na Seletiva do Panamericano.

Outro nome promissor é Ana Beatriz Sales Lima, de 19 anos, que compete na categoria 50 kg do estilo livre. Ela, que começou a treinar wrestling aos 14 anos, já é bicampeã brasileira em 2023 e 2024. “Comecei a treinar aos 14 anos e fui bicampeã brasileira em 2023 e 2024”, relata Ana.

A paraense Kailane Araújo, também radicada em Macapá, é mais uma atleta que promete se destacar. Aos 19 anos, ela iniciou no wrestling em 2019 e já acumulou diversas conquistas, como a medalha de bronze no Campeonato Brasileiro Interclubes de 2022 e no Circuito Norte-Nordeste de Campina Grande (PB), além da prata nos Jogos Escolares de 2022. Em 2024, Kailane conquistou o título brasileiro na categoria 53 kg, confirmando seu lugar entre as promessas do esporte. “Sempre tive o apoio da minha família, o que é fundamental para me dar força e concentração. Na minha academia temos um lema: sonhar grande e sonhar pequeno exige o mesmo trabalho, então por que não continuar para ser uma das melhores do Brasil?”, afirma Kailane.

Além de talentos regionais, o evento contará com atletas das seleções de base e principal do wrestling brasileiro, como Miguel Xavier dos Santos (sub 17, greco-romano, 80 kg, Rio de Janeiro), Victor Nascimento (sub 17, greco-romano, 65 kg, Amapá), Fernando Bencke (sub 17, greco-romano, 71 kg, Paraná), Davi Silva Giovannetti (sub 23, livre, 57 kg, São Paulo), Mayara Ramos Pereira (sub 23, livre, 62 kg, São Paulo), Thais Tertuliano Sales (sub 23, livre, 68 kg, São Paulo), Wesley Barros das Dores (sub 23, greco-romano, 125 kg, São Paulo) e Brenda Aguiar (sub 23, livre, 76 kg, São Paulo).

ABERTO PARA TODOS

Embora o nome do circuito seja devido à sua realização em cidades das regiões Norte e Nordeste, a participação está aberta para atletas de todo o Brasil. As regras do evento permitem que os competidores se inscrevam em apenas uma categoria de peso por estilo. A pesagem oficial acontecerá das 7h às 7h30 no dia do evento, com uma tolerância de 1kg. Os campeões de cada categoria receberão medalhas, enquanto as três melhores federações serão premiadas com troféus.

ESPÍRITO COMPETITIVO E COMPROMISSO SOCIAL

Além da competitividade, o Circuito Norte-Nordeste também terá uma ação solidária. Todos os participantes, incluindo público e atletas, deverão contribuir com 1kg de alimento não perecível, que será destinado a instituições de caridade locais.

Flavio Cabral Neves, presidente da CBW, destaca o impacto positivo do wrestling além das competições: “Acreditamos no wrestling para além do esporte, como uma ferramenta de transformação social. O circuito é reflexo do nosso compromisso em promover o esporte e impactar positivamente as comunidades que nos recebem”.

A competição também representa uma excelente oportunidade para os atletas somarem pontos no ranking nacional e se aproximarem de uma vaga no programa federal Bolsa Atleta, um dos maiores incentivos ao esporte no Brasil.