MS E SÃO PAULO
Gaeco prende mulher de empresário, morador do Damha e foragido na Snow
Ação visou desarticular esquema ligado ao tráfico de cocaína
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) realizou nesta 4ª feira (15.jan.25) a segunda fase da Operação Snow, com foco na desarticulação de uma quadrilha envolvida no tráfico de cocaína. A ação resultou na prisão de nove pessoas e na execução de 19 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Entre os detidos está a esposa do empresário Rodney Gonçalves Medina, que já estava preso desde a primeira fase da operação, em março de 2024. A mulher foi presa em casa, no Loteamento Rancho Alegre, em Campo Grande, enquanto estava com seus dois filhos, de 3 e 10 anos. A defesa já entrou com pedido de revogação de sua prisão, alegando a necessidade de cuidado com as crianças.
Outro preso foi Michael Guimarães Barros, de 35 anos, que foi encontrado com um revólver calibre 38 e munições em sua residência no Portal Caiobá, também na Capital. Durante o cumprimento dos mandados, ele resistiu ao contato inicial, mas foi detido após a entrada das equipes no local. Michael também possuía um mandado de prisão em aberto e foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Além dele, um morador do condomínio de luxo Residencial Damha também foi preso. Ele resistiu à prisão e precisou ser contido com o uso da força. Com o suspeito, foi encontrada uma pistola 9mm, de uso restrito.
Operação Snow
A Operação Snow teve início em março de 2024 e revelou um esquema de tráfico de drogas que utilizava empresas de transporte, inclusive terceirizadas dos Correios, para escoar grandes quantidades de cocaína.
O grupo era liderado por um criminoso que, com o auxílio de advogados e um policial civil, corrompia servidores públicos para obter informações privilegiadas e garantir a segurança das cargas. Desde o início das investigações, mais de duas toneladas de cocaína vinculadas à organização foram apreendidas.
Os integrantes da quadrilha também são conhecidos pela violência, com sequestros e execuções utilizados para resolver conflitos internos e desacordos no tráfico. Segundo o Gaeco, o papel dos advogados ia além de serviços jurídicos, incluindo intermediação de subornos e aconselhamento estratégico ao grupo criminoso.
A operação desta 4ª teve suporte do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Corregedoria da Polícia Civil. As investigações continuam.