CAMPO GRANDE (MS)
Bancada apoia Camila Jara após conflito com PM e denuncia omissão da Prefeitura
Camila foi testemunha ocular dos abusos cometidos pela PM
Na noite de 21 de dezembro, uma operação policial do Primeiro Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul gerou mais tensão no centro de Campo Grande. Sob o pretexto de fiscalizar alvarás de funcionamento, a PM fechou estabelecimentos legais, gerando revolta entre empresários e clientes. A ação foi vista como excessiva por muitos.
Durante a operação, a deputada federal Camila Jara (PT) estava presente em um dos bares da Avenida 14 de Julho, a convite dos empresários. Ela acabou sendo alvo de acusações falsas da PM, incluindo a de estar “embriagada”. Em resposta, Camila usou suas redes sociais para tranquilizar o público e reafirmar seu compromisso com a defesa dos direitos dos empresários e do lazer. “A gente vai seguir defendendo o direito ao trabalho, o direito dos empresários, o direito ao lazer”, disse a deputada em seus stories.
Na segunda-feira (23.dez.24), a bancada do PT em Mato Grosso do Sul publicou uma nota de solidariedade à deputada e aos atingidos pela operação. Assinam o documento Camila Jara, Vander Loubet (deputado federal), Zeca do PT (ex-governador e deputado estadual), Pedro Kemp e Gleice Jane (deputados estaduais), e os vereadores Luiza Ribeiro, Landmark Rios e Jean Ferreira.
A bancada destacou que Camila foi testemunha ocular dos abusos cometidos pela PM e que, junto aos membros do Movimento Ocupa Centro, defendeu os direitos da população. “Entendemos que o direito ao lazer, à cultura e ao empreendedorismo devem ser assegurados pelos agentes do Estado – e não reprimidos”, afirmaram os parlamentares.
A Avenida 14 de Julho, um dos principais polos de vida noturna de Campo Grande, foi transformada por empresários em um ponto gastronômico e cultural. No entanto, a bancada do PT critica a falta de políticas públicas eficazes para revitalizar o centro da cidade. “O centro de Campo Grande é vazio e abandonado. Quem passa por lá à noite enfrenta insegurança e medo, devido à falta de políticas públicas para ocupação urbana”, apontam.
A operação da PM foi mais uma ação contra a revitalização da área, que vem enfrentando dificuldades por conta da falta de regulamentação e apoio da Prefeitura. “A Prefeitura de Campo Grande postergou, mais uma vez, a revisão da Lei do Silêncio e não regulou a lei do Corredor Gastronômico da Avenida 14 de Julho”, denunciam os parlamentares do PT.
A economia criativa, que envolve bares, restaurantes, músicos, atendentes e outros profissionais, é fundamental para a economia de Mato Grosso do Sul. Para os petistas, esse setor deve ser valorizado. “A sigla PIB representa não só as riquezas, mas o esforço de empreendedores e trabalhadores que garantem o sustento de suas famílias”, afirmam.
A bancada do PT também destacou a importância do diálogo para resolver os problemas da cidade. “Nós acreditamos que o diálogo é a ferramenta que devemos seguir em todas as instâncias democráticas. Seja em uma operação policial na Avenida 14 de Julho, seja no parlamento, para defender os direitos de empresários e frequentadores”, concluem.
A nota finaliza com um apelo para que a economia criativa seja mais apoiada. “A economia criativa merece apoio”, afirmam os parlamentares, enfatizando a necessidade urgente de ações concretas para que Campo Grande se torne uma cidade vibrante e próspera. Leia a íntegra da nota aqui.